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    Veja em vídeo a construção de uma 'caixa-d'água gigante' na Grande SP

    DE SÃO PAULO

    21/04/2015 12h00

    A Sabesp, empresa de saneamento paulista, tem o plano de entregar até o final deste ano 29 reservatórios metálicos na Grande São Paulo.

    Esses reservatórios, que são como grandes caixas-d'água para uma região, têm como objetivo controlar o fornecimento de água para as casas. Um vídeo obtido pela Folha mostra como esses reservatórios são construídos.

    A Folha mostrou em fevereiro deste ano que, em meio à severa crise de abastecimento, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) havia entregue sete desses reservatórios, em praticamente um ano. A meta era de ter entregue 21.

    Na época, a Sabesp disse que a crise obrigou a empresa a fazer reajustes em seu planejamento.

    De lá pra cá, a meta foi revista para 29 reservatórios e mais um foi entregue, em Franco da Rocha.

    ENGENHARIA

    O vídeo obtido pela Folha mostra a construção de um dos dois novos reservatórios que fornecem água para o bairro Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo.

    Em três meses, foi construída a estrutura metálica capaz de armazenar 20 milhões de litros.

    Primeiro, os operários montam uma estrutura circular de aço, sobre a qual é construído um domo de alumínio, que é mais leve.

    Segundo Guilherme Machado Paixão, superintendente de gestão de empreendimentos, o aço que serve como parede da estrutura é revestido por dentro com uma resina sintética.

    A estrutura é então erguida por macacos hidráulicos para que, abaixo dela, seja adicionada mais uma camada da parede circular. Isso é feito várias vezes até que a estrutura tenha o tamanho ideal.

    Segundo o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, os reservatórios servem para controlar a diferença entre o ritmo de tratamento de água nas estações da Sabesp e o padrão de consumo da cidade.

    "A produção de água nas estações tem que seguir em 'altitude de cruzeiro', sem muitas variações. Enquanto isso, os bairros alteram muito o ritmo de consumo. Tem uma hora que diminui, quando as pessoas estão dormindo, outras tem pico quando as pessoas acordam", explica ele.

    Essa diferença é controlada nos reservatórios, que recebem a água assim que ela sai das estações de tratamento.

    A Grande São Paulo tem a capacidade de tratar 73 mil litros de água por segundo. Mas em horários de pico, e antes da crise de falta de água, o consumo das pessoas chegava a bater 80 mil litros por segundo, o que só é possível por causa dos reservatórios.

    FALTA DE ÁGUA

    Segundo o professor titular de hidrologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Tucci, os reservatórios são essenciais em bairros altos ou distantes das represas.

    Cheios, garantem a pressão necessária para que a água atinja esses domicílios.

    "Se não fosse por isso [pelos reservatório], a água levaria muito tempo para chegar até aquela localidade."

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