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    Grupo realiza primeira Marcha do Orgulho Crespo na avenida Paulista

    GABRIELY ARAUJO
    DE SÃO PAULO

    26/07/2015 20h41

    J.Duran Machfee/Folhapress
    SÃO PAULO, SP - 26.07.2015: AVENIDA PAULISTA - PASSEATA DO ORGULHO CRESPO - Negros de todas as idade, a maioria mulheres, se reuniram no vão livre do MASP, nesta tarde de domingo, na avenida Paulista, em São Paulo, para a 1ª Marcha do Orgulho de ter Cabelos Crespos - Marcha do Orgulho Crespo - Saíram em passeata pela avenida Paulista e desceram a rua da Consolação gritando palavras do orgulho de ser negro e ter cabelos crespos. A marcha foi liderada pela cantora negra curiribana de HIP HOP Carol ( mulher de cabelo rosa falando ao megafone) ( foto: J.Duran Machfee/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    Ativistas em defesa dos cabelos crespos durante a Marcha dos Cabelos Crespos, na Paulista

    Manifestantes com black powers, cachos e tranças se reuniram no vão livre do Masp, na avenida Paulista, neste domingo (26), na primeira Marcha do Orgulho Crespo.

    A marcha foi organizada em comemoração ao Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho. O ato, que começou por volta das 12h, seguiu em direção à avenida Consolação, até o espaço cultural Casa Amarela.

    "Usar o cabelo crespo é um ato político. Eu usei chanel liso por sete anos. Estamos cansados de padrões, de estabelecimento de regras", afirma Yasmin Porto, 22, que soube da marcha pelo evento criado no Facebook.

    A ideia do ato surgiu das redes sociais. O coletivo de hip-hop Hot Pente e a consultora de marketing digital Nanda Cury, dona do blog das Cabeludas, que conta histórias de mulheres que têm cabelos crespos, se juntaram para organizar a marcha.

    "Este ato é sobre libertação e representatividade", afirma a jornalista Neomisia Silvestre, do Hot Pente. "É importante mostrar nosso cabelo, poder usá-lo naturalmente. Não é preciso ter vergonha, usar químicas", complementa Thaiane Almeida, outra participante do coletivo.

    Após a realização da marcha os participantes organizaram atividades na Casa Amarela. Oficinas de trança, turbante, maquiagem e dança, intervenções de grafite e exposição de fotografias acompanharam uma roda de conversa sobre cabelos crespos e identidade.

    "Assumi o meu cabelo black power pela primeira vez em 2009, antes eu prendia. Foi libertador", relata Nanda Cury durante a roda de conversa. "Precisamos empoderar, dar voz às mulheres, especialmente as mulheres negras".

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