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    Criança morre após cair do 26º andar de prédio na Grande São Paulo

    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    17/09/2015 03h31

    Reprodução
    Foto da página do Facebook do pai, Giovanni Storto, com o filho Gustavo, 5, que caiu do 26º andar
    Foto da página do Facebook do pai, Giovanni Storto, com o filho Gustavo, 5, que caiu do 26º andar

    Uma criança de cinco anos morreu após cair do 26º andar de um prédio na Chácara Agrindus, em Taboão da Serra (Grande São Paulo), por volta da 0h desta quinta-feira (17).

    Segundo a Polícia Civil, o menino Gustavo Souza Storto caiu de uma janela do apartamento no estacionamento do edifício Pitangueiras 1, localizado na avenida Aprígio Bezerra da Silva. Ele morreu no local.

    A mãe da criança, a farmacêutica Juliana Souza Storto, 33, disse à polícia que tinha deixado o menino dormindo sozinho no apartamento. Ela afirmou que saiu para buscar o namorado, que não é o pai da vítima, na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, próximo à estação ferroviária do Morumbi.

    Em depoimento à polícia, a mulher falou que ao retornar de carro com o namorado percebeu que todas as luzes do apartamento estavam acesas e foi em direção ao quarto onde tinha deixado a criança dormindo.

    No caminho ao quarto, a mulher disse ter visto a porta do banheiro aberta e duas cadeiras colocadas ao lado da janela, que também estava aberta. Quando olhou pela janela, afirmou, viu uma intensa movimentação e sirenes e suspeitou que o filho tinha caído.

    Reprodução/Google
    TABOÃO DA SERRA,SP,17.09.2015:QUEDA-CRIANÇA - Menino de 5 anos morre após cair do 26º andar do Residencial Bosque Taboão, Condomínio Pitangueiras I, no bairro Chácara Agrindus, em Taboão da Serra (SP), na noite desta quarta-feira (16). Segundo relato de moradores, a criança teria sido jogada do edifício durante uma discussão entre a mãe, que mora sozinha no imóvel, e o namorado, que não é o pai do menino
    Condomínio em Taboão da Serra (SP), onde morreu Gustavo Storto, 5, na noite desta quarta-feira (16)

    Para provar que não estavam no apartamento do momento da queda da criança, o casal mostrou aos policiais um aparelho celular com as mensagens trocadas em um aplicativo.

    Na conversa, Juliana combinava o local onde encontraria o namorado. Os aparelhos foram apreendidos para perícia.

    O casal prestou depoimento no 1º Distrito Policial de Taboão da Serra e foi liberado. Eles deixaram a delegacia de carro evitando a imprensa.

    Testemunhas disseram à polícia que ouviram gritos depois que a mãe voltou da rua e constatou que o filho havia caído da janela do banheiro.

    Uma das testemunhas afirmou ter ouvido gritos antes da queda. Depois, mudou o depoimento na delegacia.

    Os gritos ouvidos podem ter sido decorrentes da partida de futebol entre Corinthians e Internacional, que aconteceu na mesma noite.

    Outra testemunha disse para jornalistas que era comum ouvir discussões vindas do apartamento, mas que não escutou nada nesta quarta.

    Infográfico: Como prevenir quedas

    DICAS DE SEGURANÇA

    Gabriela de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, afirma que, dentro de casa, a queda é o maior risco para crianças no ambiente doméstico. Por isso, é preciso proteger todas as janelas com redes de segurança, "mesmo aquelas que parecem pequenas para os adultos".

    "A criança não tem noção de risco, de consequência. A criança é criativa. Não existe outra forma de protegê-la do risco a não ser pela prevenção", afirma Gabriela.

    Ela ressalta que é preciso trocar as redes de segurança regularmente, de acordo com as recomendações do fabricante. Segundo a especialista, é recomendável que os equipamentos sejam mantidos até a criança completar 12 anos.

    Até essa idade, crianças também não devem ser deixadas sozinhas. "Cada caso é um caso, a família precisa avaliar a maturidade da criança. A partir dos 8, 9 anos, dá para deixá-la por alguns minutos, mas não mais que isso."

    "Em um mundo ideal, a criança nunca deve ficar sem supervisão. Quando isso não é possível, é preciso buscar alternativas, adaptar a rotina, pedir para um vizinho ficar de olho, por exemplo", sugere a coordenadora da ONG.

    Outras dicas de segurança podem ser conferidas no site da ONG Criança Segura

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