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    Brasil navega na crise do zika vírus em nau sem comando, diz especialista

    DE SÃO PAULO

    27/11/2015 19h21

    O Brasil carece de comando ao navegar o mar nebuloso das epidemias de zika, dengue e chikungunya. É o que diz o infectologista Artur Timerman, presidente da recém-criada Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses.

    No programa ao vivo desta sexta (27) da "TV Folha", Timerman afirma que o país pode passar por uma epidemia tríplice sem precedentes e de consequências imprevisíveis. "Não se sabe como uma virose interage com a outra nem os efeitos de contraí-las subsequentemente", explica.

    Participaram da mesa a repórter especial de "Saúde" Claudia Collucci e o repórter de "Ciência" e "Saúde" Gabriel Alves.

    Uma das consequências da infecção pelo zika pode ser o aparecimento de microcefalia em bebês de mães que foram infectadas. O Brasil já contabiliza 739 casos dessa má-formação e os números não param de crescer a cada semana. Uma doença paralisante, chamada de síndrome de Guillian Barré, também está associada à infecção por zika.

    A relação, segundo o médico, é muito provável e é preciso "com urgência" o desenvolvimento de testes rápidos que consigam diagnosticar o problema.

    O infectologista recomenda prudência para quem pensa em engravidar, e aconselha o uso de roupas compridas e repelentes para as grávida, especialmente no primeiro trimestre de gestação.

    Na entrevista, Timerman também conta a história do vírus zika, que foi isolado na África na década de 1950 e que notificado pela primeira vez no Brasil em abril último.

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