Após a realização de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) que investigou casos de estupro na USP, um aluno da Faculdade de Medicina é o único réu na Justiça.
O caso do estudante foi aceito pela Justiça em maio de 2015, após uma denúncia do Ministério Público. O caso corre em segredo. A informação é do jornal "O Estado de S. Paulo".
Segundo a acusação, o estupro ocorreu durante uma tradicional festa Med Pholia, promovida por estudantes da Faculdade de Medicina. A vitima diz ter desmaiado após ingerir uma bebida oferecida pelo réu. O depoimento da aluna foi publicado pela Folha em maio de 2015. Nele, ela diz ter ficado com hematomas e sangrado por quatro dias após o ato. "Ele tampou minha boca e pegou parte do nariz. Não respirava direito", conta.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o inquérito desse caso foi concluído em 2012 e "houve a constatação de estupro".
No ano passado, quando procurado pela Folha, o aluno negou ter cometido o crime. A reportagem voltou a contatar o advogado do réu, que não foi encontrado.
O estudante já respondeu pela morte de um homem, durante uma briga no Carnaval de 2015. Na época, ele era policial militar e estava de folga. Na ocasião, o réu disparou oito vezes contra a vítima. O réu chegou a ser condenado por homicídio culposo (sem intenção), mas teve sua pena extinta.
Após o caso, ele teria pedido exoneração da Polícia Militar.
O réu já cumpriu todas as disciplinas do curso de medicina, mas está suspenso pela faculdade e ainda não pode ser diplomado. Segundo a USP, ele ainda é suspeito de ter cometido outro estupro na universidade.