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    Procuradora é suspeita de atropelar ciclista, bater em táxi e xingar policiais

    DO "AGORA"
    DE SÃO PAULO

    21/06/2017 19h59

    A procuradora do Estado Maria Helena Martone Grazzioli, 54, foi presa em flagrante na madrugada de terça (20) sob suspeita de embriaguez ao volante, desacato e fuga de local de acidente na av. São João, região da República, centro de São Paulo.

    De acordo com a Polícia Civil, a procuradora dirigia seu carro, um Land Rover Freelander, quando atropelou um ciclista e, na sequência, bateu na traseira de um táxi que estava parado no farol da rua Rego Freitas.

    Seu advogado, Daniel Negrelli, afirma que ela fugia de um assalto quando bateu no táxi e nega que tenha ocorrido o atropelamento.

    Reprodução/Band News-FM
    Procuradora Maria Helena Martone Grazzioli, 54, que foi presa sob suspeita de dirigir embriagada
    Procuradora Maria Helena Martone Grazzioli, 54, que foi presa sob suspeita de dirigir embriagada

    O taxista disse, segundo a polícia, que Maria Helena estava alterada e não quis negociar o pagamento do prejuízo –ele afirmou que ela fugiu do local em alta velocidade após distração dele.

    O taxista foi atrás da procuradora que, segundo ele, dirigiu em alta velocidade, furando vários semáforos. Durante o trajeto, ela foi abordada por policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), que já tinham sido alertados por outro taxista sobre o caso.

    Os policiais afirmaram na delegacia que a procuradora estava alterada, com odor forte de álcool.

    'JUMENTOS'

    Os agentes afirmaram que a procuradora passou a xingá-los de "cavalos" e "jumentos", dizendo que eles "ganham salário de fome" e que "jamais teriam um veículo igual ao dela".

    A procuradora foi levada para o 2º DP (Bom Retiro), onde continuou alterada, segundo os policiais. Eles disseram que Maria Helena também tentou agredi-los, mas foi contida. A polícia diz que ela se recusou a fazer o teste do bafômetro.

    No IML, ainda segundo a versão policial, onde passaria por exames clínicos, também não quis entrar na sala –foi atendida no estacionamento. Ela passou por audiência de custódia e vai responder em liberdade após concordar em pagar R$ 11.244 de fiança. O ciclista não compareceu à delegacia.

    ROUBADA

    A procuradora afirmou, na delegacia, que havia sido roubada –sem fornecer qualquer outro detalhe– e, em ligação para uma parente, disse que não havia "feito nada", diz a polícia.

    O advogado Daniel Negrelli, que representa Grazzioli, afirmou que ela teve a carteira com cartões de banco levada pelos bandidos e na fuga atingiu o táxi, mas nega que tenha atingido qualquer ciclista.

    Ele também disse que ainda não conversou com ela sobre a acusação de embriaguez, então não sabia dizer se a procuradora havia bebido. Ela, porém, confirmou ao defensor que teve um desentendimento com os policiais, mas nega ter dito as palavras citadas por eles.

    A Procuradoria Geral do Estado afirmou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que instaurou processo administrativo para apurar as circunstâncias da ocorrência, o que "pode chegar a uma apuração disciplinar, se for o caso". Ainda de acordo com a assessoria, o procurador do Estado chefe da Corregedoria Geral da PGE acompanha a situação.

    O juiz criminal Antônio Maria Zorz acolheu ainda na terça pedido do Ministério Público e suspendeu a habilitação da procuradora. Ela terá cinco dias para pagar a fiança e poderá responder o processo em liberdade.

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