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    Saiba como escolher entre faculdades top

    FERNANDA CALGARO
    LUISA ALCANTARA E SILVA
    da Folha de S.Paulo

    22/01/2008 10h56

    Quando o esforço diante dos livros é compensado com a aprovação em mais de uma faculdade de qualidade, surgem a dúvida sobre qual delas escolher e a insegurança por ter de abrir mão da outra instituição.

    O primeiro aspecto a ser levado em conta é a grade curricular, em geral disponível no site do curso, e se a distribuição das disciplinas (teóricas e práticas, além do percentual de optativas) vai ao encontro do esperado pelo estudante.

    Também é importante conhecer o perfil do curso. O de biotecnologia da UFSCar, por exemplo, é voltado para a agroindústria e o ambiente. Na Unesp, o foco é na genética.

    "Um currículo mais completo dá uma possibilidade de estágio melhor", avalia Osmar Antônio Ferraz, coordenador de vestibular do Colégio Bandeirantes, em São Paulo.

    As atividades extraclasse também têm um peso importante na graduação. Jornais-laboratório, agências e empresas júnior são uma boa oportunidade para treinar a prática. No caso de medicina, o hospital-escola e convênios com postos de saúde, por exemplo, farão a diferença na formação.

    Trabalho

    Outro aspecto que serve de termômetro é conversar com universitários ou recém-formados da faculdade para saber como foi a inserção no mercado de trabalho, recomenda Laércio da Costa Carrer, coordenador do terceiro ano do ensino médio do Colégio São Luís. "As impressões são valiosas para a escolha."

    Carlos Eduardo Bindi, coordenador do cursinho Etapa, concorda. "Se o nível de ensino das faculdades for equivalente, a decisão será baseada nas preferências pessoais, como a empatia com o campus."

    Aliás, esse é outro fator importante: o estudante deve saber onde estará pisando, isto é, se a faculdade fica num campus universitário ou num único prédio. "Em um campus, o universitário tem contato com as outras graduações, o que é muito enriquecedor, além de ter um espaço maior à disposição. Por outro lado, as faculdades com menos cursos, em geral, são mais centrais. E essas conexões com outras pessoas podem ser recuperadas quando a pessoa entrar no mercado de trabalho", opina Bindi.

    Distâncias

    A localização do curso deve ser pensada não só pela distância e tempo gasto, mas por causa do custo de transporte. Ela será ainda mais determinante se o estudante quiser aliar a entrada na universidade com a saída da casa dos pais.

    No caso das faculdades públicas de medicina no Estado de São Paulo, como USP, Unifesp, Unesp e Unicamp, em que o nível do ensino de qualidade é igual, isso pode ser um critério.

    "Entre as faculdades paulistas públicas de medicina, a Unesp leva uma certa vantagem por ficar em uma cidade menor, mais tranqüila e acolhedora, onde a convivência entre os alunos é muito maior", afirma Joelcio F. Abbade, coordenador do curso de medicina da Unesp Botucatu.

    Para Vanessa Poccetti, 20, que prestou medicina na USP, Unesp, Unifesp, Unicamp e UFSCar, a distância é um fator decisivo. Ela já se matriculou na PUC de Sorocaba, mas quer a USP. "Além do nome que ela tem, é perto de casa."

    Angélica Maria Bicudo Zeferino, coordenadora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, ressalta que o curso passou por uma atualização do currículo. "Temos acompanhado as tendências", afirma.

    "Todas essas faculdades de medicina dão uma base competente. A universidade não molda o aluno. A formação para melhor ou pior vai depender da dedicação do estudante", afirma Marcos Boulos, diretor da Faculdade de Medicina da USP.

    Miguel Roberto Jorge, diretor acadêmico do curso de medicina da Unifesp, também é da mesma opinião. "O nível de ensino é de excelência em todas. A opção se dará por preferência."

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