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    Sindicato dos professores continuará manifestações contra governo Alckmin

    FERNANDA ATHAS
    DE SÃO PAULO

    26/10/2015 15h27

    O Apeoesp (sindicato dos professores do Estado de São Paulo) deve continuar a promover atos de protesto contra a medida proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) que reorganiza escolas da rede estadual em ciclos únicos de ensino.

    A proposta do governo irá "entregar" 94 unidades escolares para outras funções, como creches e escolas técnicas, tanto para a gestão municipal quanto no âmbito ainda do Estado. Atualmente, tais unidades são ocupadas por estudantes dos ensinos básico e médio de São Paulo.

    Reorganização escolar na rede de SP

    Descontente, a presidente do Apeoesp (sindicato dos professores do Estado de São Paulo), Maria Izabel Noronha, afirmou que a reorganização das escolas "é o verdadeiro desmantelamento da escola pública do Estado".

    O anúncio do número de escolas afetadas, feito na manhã desta segunda-feira (26), gerou rápida resposta do sindicato. "Não tem cabimento. Eu não acho que esse seja o número, acho que esse é apenas um começo, ainda assim, é um número significativo. Nós vamos continuar protestando, sim", disse Noronha.

    "Essa semana, a tendência é que haja mais atos. As escolas que forem afetadas, com certeza, irão se mobilizar", afirma a presidente.

    Escolas de ciclo único

    SALÁRIOS

    Para o sindicato, a medida do governo pode precarizar o salário de professores efetivos, que serão lotados em novas unidades.

    "Os professores, transferidos na marra, terão de disputar por créditos e disciplinas com aqueles já lotados nessas escolas. Ganha quem tiver mais tempo de serviço. Quem não conseguir manter sua carga horária, terá seu salário reduzido", enfatizou Noronha.

    Além disso, o Apeoesp alega que a reorganização superlotará salas de aula.

    Noronha afirma que a gestão Alckmin não teria dado espaço para negociações e acordos. "Eu nunca lidei com uma gestão tão difícil quanto essa."

    O secretário de Educação, Herman Voorwald, afirmou pela manhã que os professores efetivos não serão prejudicados e que o remanejamento de alunos foi feito respeitando a regra atual de lotação (30 estudantes por turma nos anos iniciais do ensino fundamental; 35 nos finais; e 40 no ensino médio).

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