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    Um em cada cinco paulistanos tem pressão alta, aponta pesquisa

    LUCIANO CAVENAGUI
    DO "AGORA"

    29/09/2017 14h00

    Rogerio Cassimiro/Folhapress
    Pesquisadores da USP mostram que doença atinge cada vez mais pessoas; idosos sofrem mais
    Pesquisadores da USP mostram que doença atinge cada vez mais pessoas; idosos sofrem mais

    Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) aponta que um em cada cinco paulistanos sofre de hipertensão ou pressão alta.

    Os dados são preocupantes, segundo os pesquisadores, pois o número de pessoas que sofre da doença vem aumentando desde 2003, quando teve início o levantamento. Naquele ano, o percentual era de 14%, subindo para 18,6% em 2008 e chegando a 20,4% em 2015, último ano em que foram compilados os dados, divulgados agora.

    A região da cidade onde há mais hipertensos é a classificada como sudeste, com 23,5% da população. Em segundo lugar, está a centro-oeste (20,8%), sendo seguida pela norte (20,3%), leste (19,6%) e a sul (17,5%).

    Com relação à faixa etária, quem sofre mais do problema são os idosos. Quem tem 75 anos ou mais representa o grupo mais afetado (58,6% desta faixa etária), vindo em seguida quem possui entre 60 e 74 anos (54%).

    Os pesquisadores ouviram 4.043 pessoas, entre adolescentes, adultos e idosos, que residem nas cinco regiões.

    ESTILO DE VIDA

    De acordo com a pesquisa, esse cenário está ligado diretamente ao estilo de vida dos paulistanos. A combinação de uma vida estressante e sedentária com má alimentação tem como resultado uma população mais doente.

    "Esse diagnóstico minucioso serve para alertar a população e atua também como parâmetro para a adoção de políticas públicas de saúde", afirmou um dos coordenadores do estudo, Chester Luiz Galvão César.

    "A pesquisa é feita a cada cinco anos, com o objetivo de mostrar a evolução dos índices. Conversamos detalhadamente com cada entrevistado sobre sua saúde e hábitos", afirmou o pesquisador e médico Cleiton Fiorio.

    ACIMA DO PESO

    Outro dado revelado na pesquisa que causa preocupação aponta que metade da população da capital está acima do peso ideal.

    De acordo com os pesquisadores, as principais causas do problema são a falta de atividade física e a má alimentação. Segundo projeção dos profissionais envolvidos, se esses hábitos não forem mudados, 75% da população estará com sobrepeso ou obesa em 2030.

    A região da cidade mais obesa é a sudeste (22,3% da população). Em segundo lugar, aparece a norte (21,6%), sendo seguida pela sul (18,1%), leste (17,6%) e centro-oeste (16,6%). Outra doença preocupante é o diabetes, que acomete 6,7% dos moradores da capital, segundo a pesquisa.

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