O Rio de Janeiro ganhou nesta sexta-feira o direito de ser sede dos Jogos Olímpicos-2016 graças à capacidade de angariar os votos inicialmente destinados aos adversários eliminados nas fases anteriores, Chicago e Tóquio.
Na última rodada final da eleição realizada em Copenhague, na Dinamarca, a cidade brasileira recebeu 66 votos, 40 a mais do que na primeira rodada, quando as quatro candidaturas ainda estavam na briga.
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O Rio encerrou a primeira fase da disputa atrás de Madri, sua adversária na decisão. A capital espanhola fechou o turno inicial com 28 votos e só conseguiu captar mais quatro votos até a última rodada.
Apesar da aparição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Copenhague, Chicago foi a primeira cidade eliminada da disputa. A cidade norte-americana encerrou o turno inaugural, com 18 votos --Tóquio teve 22.
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Curiosamente, Tóquio foi eliminada na segunda rodada com menos votos do que na primeira, apesar de um colégio eleitoral maior votar nesta fase.
A capital do Japão somou 20 votos, contra 46 do Rio e 29 de Madri.
O projeto apresentado pelo Rio é o mais caro entre os quatro finalistas. Ele prevê o gasto de US$ 14,42 bilhões na organização da Olimpíada. Chicago projetava orçamento de US$ 4,82 bilhões; Madri, de US$ 6,13 bilhões; e Tóquio, de US$ 6,8 bilhões.
Só na fase de candidatura, encerrada com a eleição desta sexta, já foram gastos R$ 138 milhões. O dinheiro veio de recursos do município, do governo, da União e da iniciativa privada.
O plano da Olimpíada brasileira é aproveitar 19 das arenas que foram levantadas para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Outros 11 ginásios serão construídos, além de quatro locais temporários de competição.
Assim como o comitê que organizou o Pan, o projeto da Olimpíada também é encabeçado pelo presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman.
Primeira rodada
Madri: 28 votos
Rio de Janeiro: 26 votos
Tóquio: 22 votos
Chicago: 18 votos
Segunda rodada
Tóquio: 20 votos
Rio de Janeiro: 46 votos
Madri: 29 votos
Terceira rodada
Rio de Janeiro: 66 votos
Madri: 32 votos
| Pawel Kopczynski/Reuters | ||
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