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    Tri da São Silvestre, Marílson dos Santos se torna o maior vencedor da prova desde 2001

    CAROLINA ARAÚJO
    CRISTIANO CIPRIANO POMBO
    MARIANA BASTOS
    DE SÃO PAULO

    01/01/2011 07h15

    Marílson Gomes dos Santos, 33, provou que, ao menos na década que se encerrou nesta sexta-feira, foi o maior nome da São Silvestre.

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    Eduardo Anizelli/Folhapress
    Marílson Gomes do Santos cruza linha de chegada da corrida de São Silvestre, nesta sexta, em São Paulo
    Marílson Gomes do Santos cruza linha de chegada da corrida de São Silvestre, nesta sexta, em São Paulo

    O atleta brasiliense se tornou o primeiro brasileiro a se consagrar tricampeão da fase internacional da corrida, iniciada em 1945.

    Marílson, que não corria a prova havia quatro anos, venceu com 44min04s, repetindo seus feitos de 2003 e 2005. Igualou-se a Joaquim Gonçalves da Silva, que, entre 1942 e 1944, venceu três vezes, mas na fase em que só brasileiros competiam.

    O vencedor também encerrou a recente hegemonia queniana e um incômodo jejum. Desde 2006, com Franck Caldeira, o Brasil não tinha atleta no topo do pódio. De 2007 a 2009, o Quênia foi absoluto em São Paulo.

    "Achei que a prova fosse ser definida só perto do final. Meu filho está chegando e já traz sorte", disse o tricampeão. A mulher de Marílson, Juliana, está grávida. Miguel, o primeiro filho do casal, deve nascer em fevereiro.

    Depois de se ausentar da São Silvestre entre 2006 e 2009, período em que venceu duas vezes a Maratona de Nova York (2006 e 2008), Marílson não teve dificuldade em conquistar o tri.

    Apesar de dizer que o favorito era o queniano James Kwambai, vencedor da São Silvestre em 2008 e 2009, Marílson provou que o africano não era páreo para ele.

    Tanto que, pouco antes do quilômetro sete, Marílson atingiu a liderança e abriu vantagem sobre o primeiro pelotão. Depois, não teve a ponta ameaçada até o fim.

    Pela vitória, Marílson ganhou R$ 28 mil. Com 45min16s, Kwambai chegou em terceiro. À sua frente ficou o também queniano Barnabas Kosgei (44min50s).

    "Não lembrava como a [subida da] Brigadeiro era difícil. Senti minha panturrilha. Só quando cheguei próximo da Paulista é que eu vi que ia ganhar", disse ele.

    Diferentemente dos últimos anos, quando o calor ou a chuva, às vezes combinados, foram alvo de temor dos principais corredores, a temperatura ontem era amena. Quando a elite feminina largou, às 16h34, e os homens, às 16h51, os termômetros da av. Paulista marcavam 24ºC.

    Mas, ao contrário da queniana Alice Timbilili, que quebrou o recorde com 50min19s, Marílson esteve longe da melhor marca. Em 1995, o pentacampeão Paul Tergat atingiu 43min12s.

    O tempo do brasileiro ontem foi pior do que o da primeira vitória dele na São Silvestre. Em 2003, completou a prova em 43min49s.

    "A performance depende do objetivo para a temporada. O meu não era a São Silvestre, assim como o da maioria dos competidores

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