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    Cielo fica somente com o bronze nos 50 m livre; Fratus é o quarto

    DE SÃO PAULO

    03/08/2012 16h15

    Favorito ao ouro por ser o "dono" da prova mais rápida da natação nos últimos quatro anos (ganhando Olimpíada, Mundiais e Pan-Americano), o brasileiro Cesar Cielo, 25, decepcionou e conquistou somente a medalha de bronze dos 50 m livre dos Jogos de Londres. Ele fez 21s59, pior até do que o seu tempo na semifinal (21s54).

    O também brasileiro Bruno Fratus, 23, terminou em quarto, com 21s61.

    Nesta sexta-feira, o francês Florent Manadou venceu com 21s34. A prata ficou com norte-americano Cullen Jones (21s54).

    Os recordes mundial (20s91, em 2009) e olímpico (21s30, em 2008) pertencem a Cielo.

    O dono do primeiro ouro da natação brasileira, em Pequim-2008, podia se tornar também o primeiro atleta do país a vencer duas Olimpíadas consecutivas desde Adhemar Ferreira da Silva, do salto triplo, em Helsinque-1952 e Melbourne-1956.

    Cielo tinha também a chance de se unir a um seleto grupo de nadadores bicampeões olímpicos dos 50 m livre. O russo Alexandr Popov venceu em Barcelona-1992 e Atlanta-1996. Gary Hall Jr., dos EUA, ganhou o ouro em Sydney-2000 e Atenas-2004.

    DOPING

    No ano passado, Cielo passou por um controverso caso de doping por diurético.

    Ele e outros três nadadores foram flagrados com o diurético furosemida, que pode ser usado para mascarar o uso de substâncias proibidas. Eles alegaram ter tomado um suplemento contaminado por farmácia de Santa Bárbara d'Oeste (SP).

    A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) deu apenas uma advertência aos atletas.

    Outros casos envolvendo a mesma substância tiveram sentença diferente. A nadadora Daynara de Paula, por exemplo, alegou ter tomado suplemento contaminado e foi suspensa por seis meses.

    Ettore Ferrari/Efe
    Cesar Cielo depois de acabar em sexto lugar nos 100 m livre nos Jogos de Londres
    Cesar Cielo depois de acabar em sexto lugar nos 100 m livre nos Jogos de Londres

    A Fina (Federação Internacional de Natação) discordou e recorreu à CAS (Corte de Arbitragem do Esporte). Queria três meses de suspensão.

    Cielo contratou para sua defesa o americano Howard Jacobs, que trabalhou com nomes como Marion Jones, envolvida no maior escândalo de doping do atletismo.

    Após audiência realizada com urgência em Xangai, a CAS ratificou a advertência a Cielo, Henrique Barbosa e Nicholas Santos --Vinícius Waked, que era reincidente, foi suspenso por um ano.

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