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    Nos pênaltis, Atlético-MG vence Olimpia e conquista sua primeira Libertadores

    LUIZ COSENZO
    ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE
    PAULO PEIXOTO
    DE BELO HORIZONTE

    25/07/2013 00h38

    O Atlético-MG exorcizou o fantasma que o assombrava desde 1971, quando ganhou o Brasileiro, título mais importante da história do clube.

    Em uma partida dramática, o time fez 2 a 0 no Olimpia --com gols de Jô e Leonardo Silva. Assim, devolveu a derrota sofrida pelo mesmo placar no Paraguai. A decisão foi para prorrogação, que acabou empatada. O título da Libertadores veio nos pênaltis (4 a 3).

    Todos os atletas do Atlético-MG converteram seus penais: Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva. Ronaldinho nem precisou bater.

    Pelo Olimpia, o atacante Ferreyra, o defensor Candia e o meio-campista Aranda marcaram, mas o zagueiro Miranda e o volante Giménez desperdiçaram. Victor fez uma defesa e viu a última cobrança carimbar a trave.

    Essa foi a primeira vez que o Atlético-MG conquistou a principal competição sul-americana.

    Veja vídeo

    A equipe contou novamente com o goleiro Victor, que, adiantado, defendeu a primeira cobrança, de Miranda.

    Ele já havia defendido pênalti nos acréscimos do jogo das quartas de final contra o Tijuana e na decisão por penalidades diante do Newell's Old Boys nas semifinais.

    Desde 2008, a Libertadores não era decidida nos pênaltis. A última havia sido o triunfo do equatoriano LDU sobre o Fluminense, no Maracanã.

    A conquista de ontem coroou o trabalho do técnico Cuca, que tinha fama de pé-frio e azarado, e do meia-atacante Ronaldinho, campeão do torneio pela primeira vez.

    Desde o título com o Barcelona na Copa dos Campeões em 2006, Ronaldinho perseguia uma conquista de relevância. Já Cuca tinha perdido duas grandes oportunidades no torneio continental.

    A primeira em 2004, quando o São Paulo foi eliminado na semifinal pelo Once Caldas. Sete anos depois, fez a melhor campanha da primeira fase com o Cruzeiro, mas caiu nas oitavas de final.

    Hoje, o Atlético-MG começou pressionando, embalado pela sua torcida, que entoava o cântico "eu acredito"; desde a chegada ao estádio.

    O Olimpia se defendia e explorava o contragolpe. Apagado no primeiro jogo, Ronaldinho mostrava disposição, mas não criou jogadas.

    Bernard, que se movimentava pela esquerda, estava bem marcado. Tardelli era o mais lúcido e foi quem criou a melhor chance. Jô, enfiado entre os zagueiros, brigava muito, porém sem sucesso.

    Mesmo priorizando a marcação, o Olimpia criou a melhor chance da etapa inicial. Salgueiro enfiou bola para Bareiro, que saiu na cara do gol --Victor fez bela defesa.

    No segundo tempo, Cuca voltou com Rosinei no lugar de Pierre para melhorar a saída de bola. Logo aos 2min, o meia cruzou, a zaga adversária falhou e Jô abriu o placar.

    O clube mineiro aumentou a pressão. Na bola aérea, principal jogada do time, Réver acertou o travessão e ainda obrigou o goleiro Silva a fazer grande defesa. O arqueiro uruguaio ainda salvou o time paraguaio em um chute de Ronaldinho.

    Cuca colocou Alecsandro no lugar do lateral Michel e Guilherme na vaga de Tardelli. Manzur foi expulso no final do jogo. De tanto insistir, veio o gol --aos 42min, em cabeçada de Leonardo Silva.

    Com um jogador a mais na prorrogação, o Atlético-MG pressionou, sem sucesso. Desta forma, o troféu inédito veio nos pênaltis.

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