Ricardo Lucarelli encarna, com apenas 22 anos, o presente e o futuro da seleção brasileira masculina de vôlei.
Caçula da equipe, o mineiro disputa, na Polônia, seu primeiro Campeonato Mundial adulto –foi ouro na versão sub-23–, mas em quadra tem obrigações de veterano.
Recebeu, de cara, a camisa 10 da seleção e a tarefa de assumir uma posição que outrora pertenceu a Giba, Dante e Nalbert, entre outros.
Até o momento, no torneio mais importante que disputou, não decepcionou.
Lucarelli é o atacante mais acionado pelos levantadores Bruninho, de quem é colega de quarto, e Raphael. Até por isso, é o brasileiro com mais pontos anotados na Polônia –91.
Ele também esteve entre os três melhores sacadores do Mundial durante as primeiras duas fases do evento.
Com a ascensão meteórica de quem ataca a 3,38 m do chão, Lucarelli subiu na hierarquia da equipe nacional.
"Vivo um momento muito feliz da minha vida. Um sonho desde que comecei a jogar era estar na seleção principal e, graças a Deus, hoje estou aqui, onde espero ficar muitos e muitos anos", disse ele à Folha.
"A gente nunca espera que aconteça tão rápido. Fico muito feliz que, comigo, tenha sido dessa forma", prosseguiu o atleta, que começou a jogar vôlei aos 14 anos, influenciado por sua irmã.
Passa justamente pelas cortadas do ponteiro as chances de o Brasil vencer a Rússia às 11h40 deste domingo, em Katowice, pela última rodada da segunda fase do Mundial. As equipes estão asseguradas na terceira fase.
O time comandado pelo técnico Bernardinho tem sofrido nas mãos dos europeus.
Caiu três vezes consecutivas –nas finais das edições 2011 e 2013 da Liga Mundial e na final dos Jogos Olímpicos de Londres-2012– perante eles antes de, enfim, reagir.
Adam Nocon/FIVB | ||
Lucarelli ataca na vitória da seleção brasileira masculina de vôlei sobre Cuba |
Neste ano, na fase final da Liga Mundial em Florença, o Brasil triunfou por 3 sets a 1, com Lucarelli como titular.
O atacante não se ilude e vê o rival como maior concorrente ao título na Polônia. "Nesse campeonato, temos pelo menos cinco times que entram como grandes adversários: Rússia, Estados Unidos, Irã, Polônia e França."
Uma vitória sobre o maior oponente pode encaminhar o rumo da seleção à final. E, para Lucarelli, pode mais. Abrir a porta para a Rio-2016.
"Disputar os Jogos Olímpicos sempre será o sonho de todo atleta e comigo não é diferente. Se isso acontecer, quero ajudar a equipe a conquistar esse título", afirmou.
NA TV
Brasil x Rússia
11h40 SporTV
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