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    Além do Brasil, outras sedes de Copa têm seus elefantes brancos

    DE SÃO PAULO

    12/06/2015 11h40

    Os elefantes brancos deixados por Copas do Mundo não são uma exclusividade brasileira.

    A maior parte dos Mundiais ocorridos nos últimos anos levantou ou reformou estádios que hoje estão subutilizados ou até mesmo abandonados.

    O exemplo mais conhecido e assustador é o Silverdome, arena da cidade de Pontiac, na região de Detroit (EUA), que recebeu quatro jogos da Copa de 1994 –inclusive o empate por 1 a 1 entre Brasil e Suécia, na fase de grupos.

    O estádio, que no passado abrigou Super Bowl, finais da NBA e shows de Elvis Presley e Rolling Stones e foi reformado para o Mundial em solo americano, deixou de ser utilizado regularmente em 2002, quando o Detroit Lions, time de futebol americano que disputa a NFL, mudou de casa.

    Deficitária e com dificuldade para atrair eventos importantes, a arena foi aos poucos abandonada. No ano passado, um ensaio fotográfico mostrou o espaço completamente danificado, com boa parte da cobertura destruída e árvores nascendo no meio do gramado.

    Ainda em 2014, itens da estrutura do estádio, como cadeiras, foram leiloados para amenizar o prejuízo.

    A aparição mais recente do Silverdome aconteceu nesta semana, com a divulgação do vídeo de um ciclista de BMX, Tyler Fernengel, fazendo manobras no que restou do estádio.

    O caso da arena norte-americana é extremo. Mas, em maior ou menos intensidade, os elefantes brancos estão espalhados pelos países que organizaram a Copa.

    A África do Sul, por exemplo, produziu elefantes brancos em série por conta da Copa de 2010.

    O estádio Mbombela, de Nelspruit, tem capacidade para receber cerca de dois terços da população da cidade. Evidentemente, vive às moscas, apesar de comprar partidas dos grandes clubes de futebol do país para preencher seu calendário.

    Já Polokwane teve de importar um time de outra cidade, o Bay United, para usar com uma frequência maior o Peter Mokaba Stadium. Só que sua média de público é de cerca de 5 mil pessoas, enquanto a capacidade da arena é superior a 41 mil torcedores.

    Green Point (Cidade do Cabo), Moses Mabhida (Durban) e Nelson Mandela Bay (Porto Elizabeth) são outras arenas sul-africanas usadas no Mundial que, pelo menos em um determinado momento, tiveram dificuldades financeiras de manutenção por serem pouco utilizadas.

    Mesmo 13 anos depois da Copa-2002, o Miyagi Stadium, de Rifu (Japão), ainda não encontrou uma razão de ser. A arena é usada apenas em eventos esporádicos, como o Mundial feminino sub-20 de 2012, e algumas partidas do Vegalta Sendai, principal time da região.

    Um bom exemplo contrário ao estigma de elefante branco que costuma cair sobre as arenas que não encontram um clube de futebol para adotá-la como casa é o Stade de France.

    Sede da decisão do Mundial de 1998, o estádio de Saint-Denis, nos subúrbios de Paris, recebe poucas partidas de futebol (apenas jogos da seleção francesa e finais das Copas nacionais), mas mesmo assim não registra prejuízo.

    O Stade de France conseguiu se tornar uma arena multiuso: vive de jogos de rúgbi, eventos dos mais variados esportes e shows musicais.

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