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    Ginasta capixaba fica em 51ª em Mundial e conquista vaga na Rio-2016

    DE SÃO PAULO

    10/09/2015 17h22

    Ricardo Bufolin/CBG
    A ginasta brasileira Natália Gaudio no Mundial de Stuttgart, na Alemanha
    A ginasta brasileira Natália Gaudio no Mundial de Stuttgart, na Alemanha

    A capixaba Natália Gaudio, 22, venceu a disputa com a compatriota Angélica Kvieczynski e garantiu a vaga na competição individual de ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Será a sua primeira participação olímpica.

    Natália assegurou a sua vaga ao terminar à frente da companheira de seleção no Mundial de Stuttgart, na Alemanha. Nesta quinta-feira (10), após o término da rotação pelos quatro aparelhos (arco, bola, massa e fita), a capixaba totalizou 46,766 pontos, ficando na 51ª colocação, contra 46,649 de Angélica. A pior nota de cada uma foi descartada.

    "Ainda não caiu a ficha. Passou um filme na minha cabeça, de tudo o que vivi para chegar até aqui desde quando comecei. Quando eu tinha oito anos e me perguntavam qual era o meu sonho, eu dizia que era participar de uma edição de Jogos Olímpicos pelo individual. Hoje esse sonho está se realizando. Agradeço muito a Monika [Queiroz, a técnica], que acreditou em mim, porque sem ela tenho certeza que não chegaria até aqui", disse Natália.

    Nesta quinta, dia de apresentação com as fitas, Angélica obteve nota 16,116, contra 15.750 de Natália. Entretanto, o resultado não foi suficiente para tirar a diferença acumulada nos três primeiros dias de competições.

    Como o Brasil é sede da Olimpíada, o país tem direito a uma vaga no individual geral. E a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) determinou que a melhor colocada no Mundial ficaria com o posto. Na prova de conjunto o Brasil já tem a vaga garantida, por ser sede.

    O Brasil poderia ter mais uma vaga caso alguma ginasta ficasse entre as 15 primeiras colocadas, mas Natália terminou no 51º lugar, e Angélica em 54ª.

    Angélica era considerada favorita para ficar com a vaga brasileira nos Jogos. Além de mais experiente, havia obtido melhores resultados no Pan de Toronto, no Canadá, em julho. Na oportunidade, ganhou duas medalhas de bronze (arco e fita) contra nenhuma de Natália em provas individuais.

    Sem conseguir vaga nem sequer no evento-teste de abril de 2016, que valerá como seletiva olímpica, Angélica quer virar a página.

    "Sempre que a gente vai mal assim pensa até em desistir, mas sei que em 2017 tem Sul-Americano, vou tentar o tricampeonato, em 2019 tem Pan-Americano e tem a Olimpíada de Tóquio, em 2020. Já vi ginastas com 26 anos indo bem em Jogos Olímpicos", disse Angélica.

    Ricardo Bufolin/CBG
    A ginasta brasileira Natália Gaudio no Mundial de Stuttgart,, na Alemanha
    A ginasta brasileira Natália Gaudio no Mundial de Stuttgart, na Alemanha
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