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    Corrupção no futebol

    Depois de sinalizar que manteria Platini, Uefa confirma afastamento

    LEANDRO COLON
    DE LONDRES

    08/10/2015 14h10

    O porta-voz da Uefa, Pedro Pinto, emitiu um comunicado à imprensa nesta quinta-feira (8) para esclarecer que o francês Michel Platini se afastou da presidência da entidade para cumprir a punição de 90 dias aplicada pelo Comitê de Ética da Fifa.

    Mais cedo, o Comitê Executivo da Uefa havia emitido um informe com outro teor, em que anunciava que não iria transferir a presidência para a vice-presidência, apesar do efeito imediato que tem a suspensão ao cartola.

    Depois da repercussão do gesto, o porta-voz divulgou uma declaração para confirmar que o francês vai respeitar a punição. "Ele (Platini) não participou de reuniões do comitê da Uefa hoje e cancelou várias viagens oficiais. A Uefa está totalmente atenta às suas responsabilidades", afirmou.

    Mesmo assim, ninguém deve assumir a presidência oficialmente, por enquanto. A estratégia é deixar o francês no comando político para reverter a decisão nos próximos dias –caso contrário, um presidente interino deverá assumir.

    O prazo para apelação da suspensão é de dois dias e, segundo o código do Comitê de Ética da Fifa, não tem efeito suspensivo sobre a decisão tomada nesta quinta.

    Platini foi punido com um afastamento temporário de 90 dias, prorrogáveis por mais 45, em razão do recebimento de 2 milhões de francos suíços (R$ 8,3 milhões) da Fifa em 2011, pagamento autorizado pelo presidente da entidade, Joseph Blatter, que também foi suspenso nesta quinta.

    Esse pagamento faz parte de uma investigação criminal do Ministério Público suíço aberto contra Blatter no último dia 24 de setembro.

    Platini alega que o dinheiro decorre de serviços prestados entre 1999 e 2002. Ele era até hoje o candidato favorito para a eleição à presidência da Fifa, marcada para 26 de fevereiro em meio ao maior escândalo de corrupção da história da entidade. Agora, diante da suspensão, é grande a chance de a candidatura ser barrada.

    Platini divulgou uma nota por meio da assessoria de imprensa da Uefa. Afirmou que vai contestar a decisão de puni-lo, a qual, segundo ele, foi baseada em "meras aparências". Ele não disse se desistirá de disputar o comando da Fifa, mas afirmou que se "recusa a acreditar" que essa suspensão, classificada de "política" pelo dirigente, foi tomada para atingir sua candidatura.

    "Estou determinado mais do que nunca em me defender perante os órgãos judiciais relevantes", afirmou.

    Cronologia do escândalo de corrupção na Fifa - Editoria de arte/Folhapress

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