Não é novidade para ninguém que a intensa polarização da política brasileira coloca em risco a nossa democracia. O que talvez não esteja tão evidente é que essa guerra de narrativas, cada vez mais distante da realidade, está, na prática, distorcendo a tomada de decisão dos representantes políticos. Um exemplo disso foi o debate que acompanhou a votação do veto presidencial 17/2020 na semana passada.
Mais de 40 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de acidente de trânsito no Brasil. Mais de 400 mil ficam mutiladas. E é para reduzir essa triste estatística que estamos mobilizados para barrar, no Senado Federal, um projeto de lei (PL 3.267/2019) do governo federal, já aprovado na Câmara dos Deputados, que está prestes a entrar em votação.
Os 600 dias de governo completados neste sábado (22) mostram uma série de contradições entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o candidato à Presidência da República em 2018.
Depois de apoiar a acoplagem de sua proposta de reforma tributária aos textos que já tramitam no Congresso, o governo agora quer mudar de estratégia. A ideia é avançar com um pacote mais mais modesto.
Ocorreu uma profunda transformação na esfera pública com a chamada nova economia digital. Antes centrada em grandes organizações jornalísticas com Redação e controle editorial, a produção e circulação da informação social migrou das grandes organizações -seja rádio, televisão ou jornal impresso- para o novo modelo de negócios das plataformas digitais baseadas em algoritmos, acúmulo e tratamento de dados.