Quase tudo se troca ou se compartilha na cracolândia, região central de São Paulo. Cachimbo, cigarro, bebida, barraca. No meio do fluxo, local em que se aglomeram os usuários de drogas, atualmente na alameda Cleveland, a vida é comunitária. Por ali, não há quarentena ou ações visíveis do poder público contra a disseminação do novo coronavírus, dizem moradores e voluntários.
Um centro de atendimento social, da prefeitura de São Paulo, foi alvo de uma operação da Polícia Civil na região da cracolândia, no centro.
A Prefeitura de São Paulo cancelou a autorização para o Blocolândia, bloco que sai há cinco anos na região da cracolândia, formado por trabalhadores e dependentes químicos que frequentam o local, no centro de São Paulo. Apesar disso, os foliões saíram às ruas.
Embora seu fim já tenha assumido forma de promessa e mesmo de decretação, a cracolândia existe e, segundo o Levantamento das Cenas de Uso nas Capitais (Lecuca), realizado pela Unifesp, cerca de 1680 pessoas circulam diariamente por ela.
O tema cracolândia é uma pauta que nunca sai de cena, principalmente da mídia e dos bastidores do governo. Nesta semana, a região mais uma vez foi pauta, por conta das prévias de uma pesquisa não divulgada em sua íntegra, o levantamento de cenas de uso das capitais (Lecuca).