Nem internação involuntária, nem redução de danos. A ser instituída nos próximos dias a partir de sanção do governador João Doria (PSDB), a diretriz estadual de São Paulo sobre drogas chama atenção por não utilizar os termos mais frequentes na discussão sobre o tratamento de dependentes químicos. A omissão é intencional, diz o autor do projeto de lei, o deputado Heni Ozi Cukier (Novo). "Não uso esse linguajar porque não quero polarização, não quero gatilhos ideológicos", diz o parlamentar, para quem a cartilha não é "nem à direita, nem à esquerda". Isso não significa, porém, que os conceitos não estejam presentes. "Estou tentando construir uma saída com o melhor dos dois lados. Não existe nenhuma solução no mundo feita só com um ou com outro." A Política sobre Drogas do Estado de São Paulo vem na esteira de novas diretrizes oficiais nas esferas federal e municipal (no caso da capital paulista), anunciadas no primeiro semestre. Entre as formas mais populares de tratamento, redução de danos e abstinência ocupam extremos opostos. Uma é vista como permissiva, a outra como rígida demais. O debate esquentou no âmbito político-partidário quando Doria sucedeu o petista Fernando Haddad na prefeitura e atacou o problema da cracolândia, no centro de SP.
Um pai empurra a filha na gangorra, crianças jogam bola e casais conversam nos bancos da praça. Ao fundo, uma aglomeração de curiosos se forma para observar peritos removerem uma manta de alumínio e revelarem o cadáver de um homem no gramado.
Em meio a um acirramento da tensão na cracolândia, um tiro contra um guarda desencadeou , na tarde desta terça-feira (10), uma megaoperação da GCM (Guarda Civil Metropolitana) naquela área do centro de São Paulo.
Um tumulto na região da cracolândia, no centro de São Paulo, provocou correria e levou a Polícia Militar a fechar a avenida Duque de Caxias na altura da avenida Rio Branco.
"A cracolândia aqui acabou, não vai voltar mais. Nem a prefeitura permitirá nem o governo. Essa área será liberada de qualquer circunstância como essa. A partir de hoje, isso é passado."