Os acordos coletivos de caminhoneiros, previstos para a próxima semana, devem incluir o compromisso de que os motoristas fiquem um ano sem fazer paralisação. Quem defende isso é o líder de autônomos Wanderley Alves, o Dedeco.
O governo e os caminhoneiros acertaram, na noite desta quarta-feira (24), um cronograma que tem como objetivo fechar, até o final da próxima semana, acordos coletivos que contemplem a remuneração adequada de cada categoria, informou o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).
O presidente Jair Bolsonaro disse que não partiu dele a decisão de suspender a tabela de frete dos caminhoneiros e afirmou ter dado carta branca para que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, tratasse do assunto. "Dei carta branca para negociar isso aí. Eu tive informações agora de poucos minutos atrás. Se ele revogou a nova tabela, a decisão é dele e todo o governo apoia a decisão tomada nos limites dados ao ministro Tarcísio", declarou ao deixar um almoço no Comando da Aeronáutica nesta segunda-feira (22). Bolsonaro disse estar trabalhando desde a tarde de domingo (21) com sua equipe para discutir a ameaça de greve dos caminhoneiros e que o tema foi debatido em reuniões na manhã desta segunda.
Circulam em grupos de Whatsapp de caminhoneiros supostos áudios do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, dizendo que vai tentar suspender a tabela do frete divulgada na quinta-feira (18) pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Quase 2 mil caminhoneiros estão em, no mínimo, 15 novos grupos do WhatsApp recém-criados para discutir uma possível paralisação da categoria na segunda (22). Eles estão contrariados com a resolução da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) que estipulou a nova tabela de preços mínimos do frete rodoviário, divulgada na quinta (18), com valores abaixo dos esperados. A realização da paralisação não é consenso entre os participantes. Parte dos grupos é refratária à ideia por conta da dificuldade financeira que teriam com os dias sem trabalhar.