Quatro anos é um período simbólico para o futebol mundial. Afinal, é com essa frequência que acontece a sua principal competição, a Copa do Mundo, evento que mobiliza todo o planeta e desperta paixão e interesse em todos nós, amantes do esporte. Na semana em que se completa quatro anos da revelação do maior escândalo do futebol internacional, temos de encarar uma vergonhosa derrota, agora fora dos campos: nenhum dos nossos dirigentes denunciados e condenados pela Justiça dos Estados Unidos e Fifa foi, sequer, incomodado pelas autoridades judiciais brasileiras.
Eleito em abril de 2018 como novo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo, 46, toma posse nesta terça-feira (9), em evento na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O dirigente, porém, já dá as ordens na CBF desde dezembro de 2017, quando o então presidente Marco Polo Del Nero foi afastado do futebol pela Fifa por corrupção ?acabou banido posteriormente.
Com mais de um mês de antecedência, esta Folha apontou o nome da vencedora de concorrência promovida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com vistas à exploração de placas de publicidade no Campeonato Brasileiro.
Vencedora da licitação para exploração da publicidade estática nas próximas edições do Brasileiro, a Sport Promotion possui longa relação com com o ex-presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, hoje banido pela Fifa por corrupção.
Anunciada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) como vencedora de uma licitação para a exploração das placas de publicidade dos jogos da seleção nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, a Propaganda Estática Internacional é uma antiga parceira do ex-presidente da entidade Marco Polo Del Nero. Com o cartola à frente da FPF (Federação Paulista de Futebol), o grupo do empresário Ronaldo Montenegro foi o responsável pela intermediação da publicidade nas placas ao redor do campo nos jogos do Campeonato Paulista por mais de uma década. A Propaganda Estática tem contratos com a federação paulista desde 2003, mesmo ano em que Del Nero, até então vice, virou presidente da instituição. A empresa foi a vencedora de todas as licitações da entidade desde então. A FPF sempre foi a principal cliente da companhia, que realiza o mesmo serviço que agora fará nos jogos da seleção brasileira.