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    Entenda o terremoto e o tsunami que atingiram o Japão

    MARTHA LOPES
    DE SÃO PAULO

    19/03/2011 08h00

    Yuriko Nakao - 14.mar.2011/Reuters
    ORG XMIT: KAW316 A boy plays with a balloon at an
    Menino brinca com uma bexiga em uma quadra do Japão

    Parecia um dia normal na escola quando o japonês Mokimasa Mitsui, 13, de Tóquio, sentiu a terra tremer. "Achei que o mundo fosse acabar", conta. Apesar de já estar acostumado com tremores, o menino sentiu medo.

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    Já a japonesa filha de brasileiros Evelyn Arisa Horinouchi, 8, estava em casa e correu com a mãe para a garagem do prédio. Ela mora em Shizuoka-ken, no centro do Japão. "Vi carros balançando e pessoas gritando", diz.

    Não era para menos: o terremoto que aconteceu em 11 de março pegou todo o mundo de surpresa. Ele causou ondas enormes e foi o maior da história do Japão.

    Para medir a força desses fenômenos, existe um aparelho chamado "sismógrafo". O terremoto do Japão mediu 9,0 -o maior tremor que se conhece aconteceu no Chile, em 1960, e mediu 9,5.

    O desastre foi grande, mas cientistas dizem que seria pior se os japoneses não estivessem tão preparados. Ali, por exemplo, os prédios resistem aos chacoalhões.

    Estar calmo também é bastante importante. "Agora vai ficar tudo bem", diz Mokimasa.

    Na terra

    A Terra é como um ovo cozido com a casca quebrada. Ela tem um centro líquido que vive se mexendo. Seus movimentos fazem os pedaços de casca, as placas tectônicas, se empurrarem. Tanta pressão gera o terremoto.

    Ilustração Weberson Santiago/.
    Eixo da Terra
    Eixo da Terra mudou cerca de 10 cm

    O Japão fica perto do encontro entre placas, por isso o chão vive tremendo por lá. Uma delas é a placa do Pacífico. Ali, há vulcões e acontecem 90% dos terremotos do mundo.

    Eixo da Terra

    No centro da Terra, passa uma linha imaginária que chamamos de eixo terrestre. É em volta dele que o planeta gira. Com o terremoto, os cientistas calculam que esse eixo tenha mudado de lugar em mais ou menos 10 cm. Mas isso não afeta nossa vida.

    No ar

    Depois do terremoto, os japoneses estão preocupados com outro problema. O complexo de Fukushima Daiichi é uma usina nuclear que foi afetada pelo desastre. Ali, é gerada energia nuclear, que produz radiação.

    Ela é prejudicial (ruim) para a saúde dos humanos, dos animais e das plantas. A radiação está escapando da usina, mas ainda não se sabe quanto.

    No mar

    Tsunami é uma palavra japonesa e é a mesma coisa que maremoto. Ele acontece quando há um terremoto bem forte no mar. Quando a ponta de uma placa entra debaixo de outra, surgem ondas gigantescas. Elas correm em direção ao continente e podem chegar a 800 ou 900 quilômetros por hora -um carro que corre bem rápido chega a 120 quilômetros por hora.

    No Japão, as ondas também atingiram mais de sete metros de altura (ou mais ou menos como um prédio de dois andares).

    Para enfrentar terremotos

    No Japão, crianças e adultos recebem treinamento para saber o que fazer se um terremoto começar.

    Amanda Natsumi Horinouchi, 14, estava na escola quando o tremor aconteceu e disse que, na hora, a professora não estava na classe.

    Mesmo assim, todo mundo lembrou de se proteger debaixo da mesa: "Alguns tiveram medo, mas todos fizeram direitinho".

    Editoria de Arte/ Folhapress
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    Quase real

    Algumas vezes, um caminhão mostra como é um terremoto de verdade no Japão. Nele, fica uma mesa e uma cadeira. A pessoa se senta e o caminhão sacode, como se o tremor fosse real.

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