Boa parte dos leitores desta "Folhinha" ainda não tinha nascido, mas houve um tempo em que a TV aberta tinha programação infantil variada e muito desenho de qualidade.
A TV aberta é formada por canais que não são pagos. Com o crescimento de opções para crianças na TV por assinatura e na internet, a aberta passou a deixar de lado esse público.
- Programas infantis rendem menos às emissoras da TV aberta
- No passado, TV tinha menos de dez canais e não vinha com controle remoto
| Montagem de Rômulo Pacheco/ Fotos Divulgação | ||
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As opções hoje são raras, mas ainda há o que ver. E a "Folhinha" fez um garimpo de bons programas na TV gratuita (veja abaixo).
Dez anos atrás, as cinco maiores redes abertas (Globo, Record, SBT, Band e RedeTV!) exibiam uma média de 14 horas diárias de desenhos. Hoje esse volume mal passa de quatro horas, e a tendência é diminuir.
A Globo foi a que mais eliminou desenhos. A maior emissora do país já chegou a ter três horas diárias de animações nos anos 1990 e começo dos 2000, mas hoje são três por semana.
No SBT, neste ano os desenhos passaram a ocupar três horas nas manhãs, uma a menos que em 2012 --entre outros, exibe "Ben 10", "Naruto" e "X Men Evolution". O canal também investe em novelinhas ("Carrossel" e "Chiquititas") e seriados, mas muita coisa é do tempo dos pterodáctilos, como "Três é Demais" e "Chaves".
A Record só tem o "Pica-Pau" como estrela da animação. A Band voltou recentemente a colocar no ar programação infantojuvenil. Exibe "Os Simpsons", "Futurama"e "As Tartarugas Ninjas", além de bons seriados adolescentes, como "iCarly", "Kenan e Kel" e "Drake e Josh".
Na Cultura, a única que é pública (recebe dinheiro do governo), o espaço é um pouco maior. Além de produzir o "Cocoricó" e outros, compra importados, como "Bob, O Construtor".
A questão é fazer com que as crianças se prendam ao horário em que a TV exibe esses programas. Na TV paga, elas podem ver infantis o dia todo. E, com a internet, ainda escolhem o que ver a qualquer hora.
Com quatro anos, Carina Bellini usa mais o iPad do que a televisão. "Tem tudo aqui dentro", diz enquanto muda com apenas um dedo da série "De Onde Vem?" para um clipe do Palavra Cantada no aplicativo PlayKids TV, que agrupa vídeos infantis.
| Apu Gomes/Folhapress | ||
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| João Victor, 5, assiste pouco à TV aberta |
CANAIS PAGOS
Todos os dias, assim que chegam da escola, as irmãs Marianna, 6, e Giovanna Spotorno, 4, ligam a TV. Mas elas nem passam perto da televisão aberta.
"Doki [Discovery Kids]é o meu preferido. Ele viaja para todos os lugares", diz Giovanna.
Além do canal, as meninas assistem à programação de Disney Júnior e Gloob. As emissoras são as favoritas de João Victor Conte, 5.
Mas o garoto diz também "zapear" a TV aberta. "De vez em quando assisto a capítulos de 'Carrossel' ou 'Chiquititas'.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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