A bandeira do Brasil nem sempre foi do jeito que conhecemos hoje. O país já teve 13 bandeiras --a cada mudança que acontecia, um novo símbolo nacional era criado.
Em 1815, por exemplo, quando o país deixou de ser colônia de Portugal, adotou a bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Seis anos depois, em 1821, já havia uma nova, que vigorou até 1822. O motivo? Fim da monarquia absoluta.
A bandeira que conhecemos hoje já dura mais de cem anos. Por ter sido criada em 19 de novembro de 1889, o Dia da Bandeira é comemorado hoje (19).
Abaixo, leia reportagem da "Folhinha" publicada em 1983 e saiba como foi criada a bandeira usada no país até hoje.
13.nov.83/Folhapress | ||
Ilustração da 'Folhinha' publicada no dia 13 de novembro de 1983 |
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A nova bandeira
Com a proclamação da República em 15 de novembro de 1889 começaram a mudar algumas coisas do Brasil: a primeira foi a forma de governo, que passou a ser republicano federativo. As províncias passaram a ser Estados e foi convocada uma assembleia para elaborar a nova Constituição, isto é, a lei sobre a qual se baseia toda a vida de um país. Essa constituição foi votada em 1891 e substituiu a do Império, que datava de 1824.
Outra coisa que mudou bem depressa foi a bandeira e no dia 19 de novembro foi desenhada uma nova - que conservou, porém, as cores escolhidas em 1822 pelo imperador dom Pedro 1º, o verde e o amarelo (que eram as cores de sua família e de sua esposa).
A bandeira do Império era parecida com a atual: o retângulo verde tinha em seu centro o losango amarelo, mas em vez da esfera azul, dentro dele ficava o escudo do imperador com ramos de café e fumo.
Mas entre o dia 15 e o dia 19 houve uma bandeira provisória da República: 13 listras amarelas e verdes alternadas, tendo no alto à direta um retângulo azul com 21 estrelas brancas.
E no dia 19 foi escolhida a bandeira oficial, a que temos até hoje: voltaram o retângulo e o losango verde-amarelo e as estrelas foram colocadas numa esfera azul, no centro do losango, divididas pela faixa branca em que se lê o dístico: "Ordem e Progresso".