Blu, a ararinha-azul desengonçada que ficou famosa em 2011 no filme "Rio", está de volta aos cinemas a partir da próxima quinta-feira.
Na nova aventura, o personagem não irá mais desbravar o Rio de Janeiro. Ele, Jade (sua passarinha) e seus três filhotes deixam o Cristo Redentor e as favelas de lado para embarcar em uma viagem por outros rios: os da Amazônia.
"Visitei a região com minha família e conhecemos aqueles rios gigantes, subimos em árvores, vimos botos e outros bichos. Tirei fotos de tudo e as usei para ajudar a criar o novo filme", diz Carlos Saldanha, 45, diretor de "Rio" e "Rio 2". Ele, que é brasileiro, produziu os dois filmes nos Estados Unidos.
Na história, Blu e sua família vão à floresta para procurar outras ararinhas-azuis. Na vida real, a espécie está extinta na natureza e há menos de cem vivendo em cativeiros.
Após atravessarem o país no filme, encontram outras de sua espécie -inclusive o pai durão e antipático de Jade. A partir daí, têm que enfrentar o desmatamento da Amazônia, que ameaça diversos bichos.
Editoria de Arte/Folhapress |
"Quero estimular a criança a entender o que é a floresta e a questionar por que ela está sendo destruída", conta Saldanha. "Conheço muita gente que visitou o Rio por causa do primeiro filme. Quem sabe agora cresça o interesse pela preservação da Amazônia..."
Para isso, "Rio 2", que será lançado em diversos países, abusa de ideias clichês sobre a floresta brasileira: aranhas peçonhentas, predadores gigantes e plantas exóticas aparecem em diversas cenas.
"O filme traz características, e não lugares-comuns. Para o brasileiro, mostra uma parte desconhecida do país. Já o estrangeiro vai ver que o Brasil é mais do que o Rio", diz.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
O jornalista BRUNO MOLINERO viajou a convite da Fox Film do Brasil