Discos, cadernos de anotação, instrumentos e diversos objetos que pertenceram ao cantor Jacques Brel devem ser leiloados amanhã em Paris, 30 anos após a morte do intérprete, apesar de protestos da família.
A venda será realizada pela casa de leilões Sotheby's e coincide com artigos de jornal, livros e lançamentos de CDs dedicados a Brel, que morreu em decorrência de câncer nos pulmões em 9 de outubro de 1978.
Efe |
Leilão deve arrecadar mais R$ 1,4 milhão; família protesta contra venda de artigos |
Fotografias que retratam desde a infância de Brel até diversos momentos em turnê, a carteira de motorista, um disco assinado por Serge Gainsbourg, uma caneta e um cachimbo estão entre os itens colocados à venda.
Os 94 lotes devem atingir mais de 470 mil euros (R$ 1,4 milhão).
A versão oficial é de que os objetos provêem da coleção privada de um vendedor anônimo. Alguns relatos afirmam que os objetos foram retirados da casa na Riviera que Brel dividia com Sylvie Riget, uma de suas muitas amantes, e que os itens foram divididos entre sobrinhas e sobrinhos após a morte de Riget.
A viúva de Brel, Thérèse Michielsen, e suas três filhas --que possuem os direitos sobre o trabalho do artista e tentaram no passado comprar o arquivo de Riget-- tentaram impedir a venda. Em 2003, elas conseguiram barrar que um leilão acontecesse.
"É odioso e mau. Nós tentamos de todas as formar para com isso", disse France Brel, uma das filhas ao jornal francês "Le Figaro".