A cantora Natalie Maines, do trio feminino Dixie Chicks, está sendo processada por difamação por acusar de homicídio o padrasto de um garoto morto em 1993. A cantora disse que os três acusados de matar Steve Branch são inocentes e afirmou que o padrasto do garoto estava envolvido no assassinato.
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Natalie Maines é acusada de difamar padrasto pela morte de garoto em 1993 no Arkansas |
Ela apóia uma campanha no Arkansas --onde ocorreu a morte-- que busca inocentar os acusados.
Terry Robbs, o padrasto de Branch --morto em 1993 junto com outros dois amigos, Christopher Byers e Michael Moore-- entrou com uma ação no último dia 25 de novembro contra as três garotas do Dixie Chicks, mas que direciona as maiores acusações contra Maines.
O padrasto quer indenizações e punição para a cantora. Ele afirma que teve prejuízos por causa da acusação, sofreu danos à sua reputação e teve estresse emocional.
Em 19 de dezembro do ano passado, a cantora participou de uma manifestação em Little Rock, em que disse que o trio acusado de matar o garoto --Jason Baldwin, Damien Echols e Jessie Misskelley-- eram inocentes e apontou novas provas que culpavam Hobbs, o padrasto.
Uma carta publicada no próprio site da banda até quinta-feira (4) dizia que novos testes de DNA de cabelo presente na cena do crime ligava Hobbs ao assassinato e que seu comportamento após o homicídio mostrava sua culpa.
A ação movida contra Maines diz que suas afirmações são falsas. Em entrevista ao jornal "Arkansas Democrat-Gazette", em fevereiro, Hobbs disse que sua reputação foi manchada e queria limpar seu nome.
A ação diz que as declarações de Maines "são extremas no grau de irem além da decência e de serem consideradas cruéis e absolutamente intoleráveis em uma sociedade civilizada".
As acusações de Maines não foram as primeiras contra Hobbs. Um documentário lançado na internet chamou a atenção de várias celebridades, incluindo Maines, que dizia que os acusados de matar o garoto foram presos pela polícia por causa de seu interesse em heavy metal e em ocultismo.
Misskelley, Baldwin e Echols haviam sido condenados a penas que iam de 40 anos de reclusão a prisão perpétua. A Suprema Corte do Arkansas suspendeu depois as condenações. Uma campanha a favor deles já levantou mais de U$ 1 milhão (R$ 2,5 milhões) para pagar advogados e levantar novas provas que os inocentem.
Um juiz, no entanto, negou os pedidos na defesa para um novo julgamento.