A 28ª Bienal Internacional de São Paulo, aberta em 26 de outubro, foi inaugurada em meio a polêmicas em torno de seu formato inusitado, que envolvia um andar inteiro vazio para simbolizar a crise na fundação que a mantém.

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Grupo de pichadores atacou o segundo andar do pavilhão da Bienal; jovem acabou presa

Além do vazio, os boatos de que o pavilhão da Bienal corria o risco de sofrer um ataque de pichadores --fato que se confirmou na noite do dia 26 de outubro -- também voltavam as atenções para o evento que, encerrado no dia 6 de dezembro, recebeu 160.770 visitantes.

A invasão da Bienal pelo grupo de pichadores terminou com a prisão da pichadora gaúcha Caroline Pivetta da Mota, 24. Após mais de 50 dias presa, a jovem foi solta no último dia 19.

Um dos destaques da programação da 28ª Bienal, que recebeu instalações, performances e debates, foi a performance do artista plástico Maurício Ianês. Ianês começou a performance "A Bondade de Estanhos", no dia 4 de novembro, nu e sem nenhum objeto ou alimento. Sua missão era sobreviver com as doações do público.

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Maurício Ianês durante sua performance na 28ª Bienal; artista chegou ao pavilhão nu e sobreviveu com doações do público

A proposta fez sucesso e não demorou para que Ianês ganhasse roupas, comida, dinheiro e demais doações, que incluíam desde preservativos até anúncios de venda de carro e ingressos antigos de shows.

Performances

Artistas de diferentes partes do mundo marcaram presença na programação da 28ª Bienal, manifestando arte de formas distintas. Dora Longo Bahia, por exemplo, deixou seu trabalho exposto no chão de um dos andares do pavilhão, que teve o piso coberto com resina.

Outras performances que ganharam destaque envolveram música, como a apresentação da dupla O Grivo, do duo eletrônico Fischerspooner, da dupla Los Super Elegantes, entre outras.

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O andar vazio da Bienal; proposta foi alvo de críticas antes mesmo do início da mostra

Grandes nomes da arte contemporânea também marcaram presença na mostra, como Marina Abramovic, artista sérvia considerada a principal performer ainda em atividade no mundo, a francesa Sophie Calle e a norte-americana Joan Jonas.

Números

Durante os 42 dias da mostra, a Bienal realizou mais de 100 eventos abertos ao público, entre conferências, painéis, conversas com artistas, performances, leituras e aulas de dança.

As quatro grandes plataformas de conferências propostas para a mostra -- A Bienal de São Paulo e o Meio Artístico Brasileiro: memória e Projeção; Bienais, bienais, bienais...; Backstage e História Como Matéria Flexível: Práticas Artísticas e Novos Sistemas de Leitura) reuniram mais de 100 palestrantes convidados.

A 28ª Bienal de São Paulo promoveu também ações conjuntas e complementares no atendimento e na capacitação de monitores e professores com o intuito de proporcionar um melhor acesso e aproveitamento da mostra por parte dos visitantes.

O evento contou com 90 arte educadores que monitoraram os visitantes em cada obra de arte.