Esqueça o lápis de olho e o pó de arroz. Em sua primeira passagem pelo Brasil, o Panic! at the Disco vem de cara limpa. E com rugas a mais e emo a menos no som. Foi o que contou o vocalista Brendon Urie à Folha, por telefone. Além dele, só o baterista Spencer Smith continua na banda, que vem ao Brasil para o festival Maquinária, que rola no fim de semana, em SP.
FOLHA - Oi, Brendon. Onde você está agora?
BRENDON URIE - Estamos em Los Angeles [EUA], gravando nosso terceiro álbum faz um mês. Gravamos já metade e precisamos ainda escrever bastante coisa. Depois de se fazer muitas turnês, juntam-se ideias no "laptop" e depois é preciso aprimorar essas ideias.
FOLHA - Ter crescido em Las Vegas influenciou a música de vocês?
URIE - Sim, Las Vegas influenciou nosso estilo de tocar e de se vestir. As performances lá, em cassinos, são fantásticas.
FOLHA - Vocês não usam mais maquiagem?
URIE - Não.
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Spencer Smith e Brendon Urie, do Panic! At The Disco, em versão terno e cara lavada |
FOLHA - Sinal que o emocore, do qual foram expoentes, está caindo?
URIE - Eu não sei. O mundo da música nunca está estagnado. Há bandas que vão e vêm. Nós não queríamos ser colocados em uma categoria só. Por isso, fomos buscar influências fora.
FOLHA - Onde, por exemplo?
URIE - Fomos influenciados muito pela [cantora russa] Regina Spektor no nosso CD novo.
FOLHA - Mudar tanto é infidelidade de estilo?
URIE - A gente queria dar uma guinada de 180º. A mudança do primeiro para o segundo [CD] foi mais forte do que os fãs estavam esperando.
FOLHA - Não tem medo de perder fãs, mudando tanto assim?
URIE - Não vamos manter todos nossos fãs para sempre.