Nos poucos dias de férias que os integrantes da banda gaúcha Fresno tiveram no início deste ano, o vocalista Lucas Silveira aproveitou para andar de bicicleta, jogar videogame, ir ao cinema e gravar seu disco solo. "The Rise and Fall of Beeshop" chegou às lojas na semana passada, reunindo 13 canções escritas em quatro anos. "É meu hobby, literalmente. A Fresno é uma mistura de prazer e trabalho, mas é uma coisa maior", explica o músico.
"São pequenos trechos 100% autobiográficos da minha vida. Altos e baixos. O Beeshop não tem compromisso com o sucesso, tá começando do zero. É por isso que ele soa mais livre, cada música é de um jeito. É um disco para vários humores", diz o músico que cantou, tocou quase todos os instrumentos e produziu o álbum. "Eu tomo toda a responsabilidade. Se for ruim, a culpa é minha."
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Lucas Silveira, vocalista da Fresno, lança o disco "The Rise and Fall of Beeshop", seu projeto solo |
Sob o alter-ego de Beeshop, Lucas canta em inglês musicas com inspirações que vão de Beatles a Dashboard Confessional, passando por Smiths e Ray Charles. "O lance do idioma já muda toda a concepção da música. Em inglês ela conta uma história, em português é uma coisa mais contemplativa. Fiz pra ser em inglês, não é pra ser traduzido."
Lucas diz não ter a pretensão de atrair novos fãs para a Fresno por conta de seu trabalho solo, mas acredita que o disco pode mostrar outras de suas facetas. "É uma coisa que eu fiz meio que pra dizer: 'olha só o que eu sei fazer'. Musicalmente, esse disco já se segmenta em outro lugar", afirma.
Para divulgar o novo disco, o músico diz que não pretende fazer turnê, apenas tocar em lugares pequenos nas maiores praças nacionais. "Tocar em lugar pequeno é um exercício de reconquistar o público e ter o desafio de agradar os fãs. Tu tem sempre que ser interessante."