No domingo, a Coleção Folha Grandes Óperas traz uma grande saga, que inspirou "O Senhor dos Anéis" e fez um novo teatro ser construído só por causa dela. "A Valquíria", de Wagner, é o volume dez da coleção.

O alemão Richard Wagner (1813-1883) revolucionou a arte no século 19 com a ideia de que a ópera deveria integrar música, poesia, teatro e todas as manifestações estéticas de seu tempo.

Sua obra mais ambiciosa é a tetralogia "O Anel do Nibelungo", constituída de quatro óperas: "O Ouro do Reno", "A Valquíria", "Siegfried" e "O Crepúsculo dos Deuses".

A trama principal gira em torno da disputa de um anel forjado pelo anão Alberich --o nibelungo do título, que assim é designado por ser originário de uma terra chamada Nibelheim.

Alberich teve de renunciar ao amor para poder fabricar o anel. Quem se apossar do objeto terá poder absoluto.

Autor não apenas da música, mas também do libreto, Wagner levou nada menos que 26 anos para completar a tetralogia do "Anel".

No meio do caminho, concluiu que teria que construir um novo tipo de teatro, compatível com as exigências musicais da obra.

Com o apoio decisivo do rei Ludwig 2º, da Baviera, o teatro idealizado por Wagner foi inaugurado em 1876, na cidade alemã de Bayreuth.

E, desde então, abriga um concorrido festival de verão anual exclusivamente dedicado às obras wagnerianas.

Embora as óperas do "Anel" tenham sido pensadas para serem encenadas em dias sucessivos, elas também funcionam separadamente. Em cada uma delas, Wagner arruma um jeito de colocar em cena um personagem que conta o que aconteceu antes.

	Editoria de Arte / Folhapress