O diretor e ator Terry Jones, membro do grupo britânico de comédia Monty Python, disse que não filmaria "A Vida de Brian" nos dias de hoje, devido ao aumento atual do fervor religioso.
A filme, que estreou em 1979, conta a história de Brian, um contemporâneo de Jesus Cristo e que vive uma experiência paralela a dele, até morrer crucificado.
Na época, o filme causou uma enorme controvérsia e foi acusado de blasfêmia, já que, segundo os críticos, zombava da figura de Cristo.
Em uma entrevista à revista "Radio Times", o diretor de 69 anos disse que nunca pensou que a fita seria tão controversa, e observou que "não era uma blasfêmia nem uma heresia, porque criticou a estrutura da Igreja e a maneira que interpreta o evangelho ".
Jones lembrou que, na época, via a religião como algo ultrapassado e "foi como bater em um macaco morto."
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Cena de "A Vida de Brian", do Monty Python |
"Agora a religião voltou com força e pensaríamos duas vezes antes de fazer o filme em um momento assim", disse.
Além disso, quando perguntado se ele ousaria fazer um filme satírico a religião muçulmana, Jones admitiu que "provavelmente não".
"Olhe o que aconteceu com Salman Rushdie, cujo livro" Os Versos Satânicos" o fez viver na clandestinidade durante 10 anos", disse o diretor britânico.