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    Pearl Jam traz seu bailão grunge a São Paulo

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    03/11/2011 10h04

    O Pearl Jam completa 20 anos de carreira em 2011. É a mesma idade do grunge, movimento de Seattle que teve a banda como maior expoente, depois do sacralizado Nirvana de Kurt Cobain.

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    Entre lançar um documentário e organizar um festival comemorativo, a banda teve tempo de vir ao Brasil.

    A turnê começa hoje, no estádio do Morumbi, onde tocam também amanhã. Depois há apresentações no Rio, em Curitiba e em Porto Alegre.

    Com nove discos de estúdio, o grupo surpreende com shows de muitas músicas e set list imprevisível.

    O guitarrista Mike McCready, 45, falou à Folha sobre os 20 anos da banda.

    Steve Gullick/Divulgação
    Os integrantes do Pearl Jam: Mike McCready, Eddie Vedder, Matt Cameron, Jeff Ament e Stone Gossard
    Os integrantes do Pearl Jam: Mike McCready, Eddie Vedder, Matt Cameron, Jeff Ament e Stone Gossard

    Folha - O Pearl Jam sempre muda as músicas de uma noite para outra. Em setembro, vocês tocaram 111 músicas em dez shows! Afinal, quantas vocês têm ensaiadas?
    Mike McCready - Temos 200. É sério, não estou chutando. Perto do dia da apresentação, fechamos em metade disso. Umas duas horas antes de cada show, Eddie [Vedder] senta e decide quais vão entrar. Por isso estamos sempre ensaiando todas.

    A única canção presente em todas as noites é "Alive". Por que ela é tão especial?
    Porque a ligação dela com os fãs é muito forte. É uma canção emocionante a cada noite, porque o público faz com que ela seja especial. Tocamos sempre porque nunca nos cansamos dela.

    Falando sobre o documentário "Pearl Jam Twenty", o que você pensou quando viu sua imagem tão jovem na tela?
    Como tudo pôde ter acontecido tão rápido! Éramos jovens cheios de sonhos que se tornaram realidade em meio a uma tempestade louca.
    As vendas de discos, a MTV, Eddie se transformando nessa figura única. Tudo muito rápido, quase uma explosão. Ainda me impressiona.

    Em uma cena, Eddie e Kurt Cobain dançam juntinhos nos bastidores de uma premiação da MTV. Você consegue imaginar a cena musical de hoje com Kurt vivo?
    Cara, estava pensando nisso anteontem. Não sei o que é pior: a falta de um amigo a meu lado ou nunca poder ouvir a música bacana que ele certamente estaria fazendo.
    O Nirvana era punk, mas com certeza evoluiria. Creio que Kurt estaria em outra onda, tocando blues, sei lá. Mas fazendo música genial.

    O Pearl Jam realizou um festival em setembro para festejar 20 anos de banda. Por que chamaram Strokes e Queens of the Stone Age para tocar?
    Nós seguimos dois critérios: nos cercar de amigos e misturar bandas antigas e novas. Além dessas duas, tivemos velhos chapas como o Mudhoney e gente jovem como Liam Finn. Acho que é a grande voz da nova geração.

    O que é mais importante para manter uma banda de rock junta por 20 anos?
    Ouvir todo mundo e falar tudo que quiser. É assim que a gente segue. Sem grandes planos, vivendo um dia depois do outro. Já gravamos metade do novo disco, que deve sair no começo de 2012.
    Não sei se vamos chegar a 30 anos juntos. Só sei que temos dois shows em São Paulo para fazer e vamos tocar com muita vontade. Para nós, o show do dia é o show da vida.

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