Morreu na tarde desta quinta-feira em São Paulo a galerista Mônica Filgueiras. Ela tinha 67 anos, estava internada e respirando com ajuda de aparelhos havia um mês no hospital Sírio-Libanês e sofreu uma fibrose pulmonar.

O velório acontece das 20h à 0h no Funeral Home, na Bela Vista. O cortejo sai às 10h, com destino ainda não definido.

Filgueiras foi uma das galeristas mais atuantes no mercado de artes visuais no país. Começou trabalhando na extinta casa de leilões Collectio, onde conheceu a marchande Raquel Arnaud, com quem abriu em 1973 o Gabinete de Artes Gráficas.

Ela representou artistas como Flávio de Carvalho, Mira Schendel, Tarsila do Amaral, Willys de Castro e Hércules Barsotti. Carvalho chegou a fazer um retrato seu, e Castro e Barsotti foram padrinhos de seu casamento com o marchand Ralph Camargo.

Nos anos 80, Filgueiras foi uma figura de destaque no mercado e ajudou a lançar artistas hoje célebres, como Carmela Gross e Regina Silveira.

Depois de romper a sociedade com Arnaud, Filgueiras abriu a própria galeria em 1980. A casa passou por vários endereços e hoje funciona na rua Bela Cintra. Seu último passo como galerista foi passar a representar, ao lado do sócio Eduardo Machado, a obra de artistas de rua.

"Éramos muito amigas, estou muito chocada", disse Arnaud à Folha. "Ela era muita pessoa culta, de muita sensibilidade. Poucas pessoas conhecem arte como ela."

	Mastrangelo Reino-08.set.10/Folhapress
	Monica Filgueiras no coquetel de abertura da 4ª edição da SP-Arte, em 2010