O pintor e escultor catalão Antoni Tàpies morreu nesta segunda-feira (6) aos 88 anos, em Barcelona, na Espanha. A informação é do jornal "El País".

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Um dos principais representantes da arte abstrata do pós-guerra, o artista foi nomeado marquês de Tàpies em 2010 por sua contribuição às artes plásticas. O artista possuía uma fundação em sua cidade natal, onde estava exposta boa parte da evolução de sua obra.

Nascido em Barcelona, em 1923, em uma família burguesa e culta, Tàpies abandonou os estudos de direito para se dedicar ao desenho e à pintura. Durante a Guerra Civil espanhola, trabalhou no governo da Catalunha, onde seu pai era advogado.

A partir de 1948, o artista uniu-se à revista de vanguarda "Dau El Set", com outros artistas como Joan Brossa, Joan Ponç, Modest Cuixart, Joan Josep Tharrats, Arnau Puig e Juan Eduardo Cirlot.

Em 1956, quando conseguiu uma bolsa para estudar em Paris, fez sua primeira exposição individual na capital francesa. Naquele mesmo ano, ganhou um prêmio na 3ª Bienal de Hispanoamérica, e foi apresentado a Salvador Dalí em Estocolmo, na Suécia --ali, expôs ao lado de Tharrats.

Entre suas obras destacam-se "Manchas Vermelhas", "Grande Pintura Pinzenta", "Corpo de Matéria e Manchas de Cor Laranja" e "Peça de Roupa".

Também realizou numerosas peças de cerâmicas, tapeçarias e esculturas e mosaicos, além do cartaz em homenagem ao centenário do time de futebol do Barcelona em 1999. O catalão ainda ilustrou várias publicações e é autor de livros de arte.

Além do marquesado que o Rei Juan Carlos lhe concedeu em abril de 2010, Tàpies foi reconhecido pela Academia de Belas Artes de Berlim e pela Kunstlerhaus de Viena, a fundação de arte mais antiga da Europa. Também recebeu os prêmios da Unesco e o Príncipe de Astúrias das Artes.

Casado com Teresa Barba Fábregas, Tàpies era pai de três filhos, Antoni, Clara e Miquel.

	Alberto Martín/Efe
	O artista espanhol Antoni Tàpies durante abertura de sua exposição em Madri

Com agência EFE