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    Exposições de Antony Gormley no Brasil desencadeiam onda de construções

    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    12/05/2012 13h14

    Para sustentar o peso de 12 toneladas das 65 esculturas de Antony Gormley suspensa do átrio do Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo, uma robusta estrutura metálica teve de ser instalada acima do teto de vidro do prédio neoclássico.

    "É o peso de 15 Fuscas", comparou o curador da mostra, Marcello Dantas, durante a abertura da exposição do artista britânico na manhã deste sábado (12). "Isso é como pendurar um monte de carros do teto."

    Quando a mostra viajar para o CCBB de Brasília, um novo pavilhão anexo ao prédio desenhado por Oscar Niemeyer será construído para abrigar as estátuas da instalação "Critical Mass", todas moldadas a partir do corpo do artista e articuladas numa espécie de chuva de corpos rumo ao solo.

    Será uma construção de aço e vidro, com pé-direito de oito metros, semelhante à estrutura construída em Brasília na ocasião da retrospectiva do artista indiano Anish Kapoor, que passou pelos espaços do CCBB em 2006.

    Enquanto isso, curadores do Instituto Inhotim, megaparque de arte contemporânea do magnata Bernardo Paz em Brumadinho (MG), já demonstraram interesse em construir um novo pavilhão para abrigar a instalação "Breathing Room" do artista britânico --uma série de estruturas ortogonais fluorescentes que respondem ao desenho da arquitetura em que se inserem.

    Orçada em R$ 3 milhões, a exposição de Gormley é uma espécie de teste para a grande mostra do artista chinês Cai Guo-Qiang. A exposição planejada para inaugurar o CCBB de Belo Horizonte em outubro vai suspender submarinos, aviões e pipas do alto do átrio monumental do novo espaço do museu na capital mineira, que tem 25 metros de altura.

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