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    Crítica: 'Cheias de Charme' teve trama grudenta como música-chiclete

    KEILA JIMENEZ
    COLUNISTA DA FOLHA

    01/10/2012 04h21

    Sorte de principiante? Não. Quando os autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira entregaram a sinopse de "Cheias de Charme" à Globo, eles sabiam que tinham a convergência perfeita entre as cinderelas de esfregão e o público internauta.

    A ascensão das "empreguetes" casou perfeitamente com aparições no "Domingão do Faustão" e com o videoclipe bombando de acessos na web. Esse diálogo midiático tão buscado pela emissora encontrou o caminho na trama das 19h. Televisão e internet foram parceiras em "Cheias de Charme".

    A novela, que acabou na última sexta (29) também fisgou um público fiel: as crianças. Não há bruxa má tão encantadoramente vestida como Chayene (Cláudia Abreu).

    Divulgação/TV Globo
    As empreguetes no "Domingão do Faustão" em cena de "Cheias de Charme"
    As empreguetes no "Domingão do Faustão" em cena de "Cheias de Charme"

    A "brabuleta" do tecnobrega por vezes lembrava o pobre coiote do desenho.

    Por mais astuto que fosse o seu plano, não deteria nunca o veloz sucesso das "papa-léguas" da vez, as três "empreguetes".

    Como toda vilã que se preze, Chayene tinha a escada perfeita: a "curica" nada fiel Socorro (Titina Medeiros).

    "Cheias de Charme" arranjou solução à la Almodóvar para o mistério de Fabian/ Inácio (Ricardo Tozzi), mas não fugiu do maniqueísmo lugar comum, com o bem vencendo o mal.

    Com o milagre das domésticas que viraram divas, a Globo mirou na maçã na cabeça da classe C e acertou um pomar farto, audiência flechada por uma trama pop, que grudou como a música-chiclete de sua abertura.

    CHEIAS DE CHARME
    AVALIAÇÃO ótima

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