Após causar a ira de políticos e militares, a diretora Kathryn Bigelow saiu em defesa das cenas de tortura de seu novo filme "A Hora Mais Escura", sobre a caçada dos Estados Unidos ao terrorista Osama bin Laden.
O filme, que estreia no Brasil em 15 de fevereiro, começa com a declaração de que a história é baseada em relatos de primeira mão de eventos recentes.
Mandel NGAN/France Presse |
A cineasta Kathryn Bigelow, diretora de "A Hora Mais Escura" |
Em entrevista publicada nesta quarta-feira (16) pelo jornal "Los Angeles Times", a cineasta falou pela primeira vez sobre as polêmicas em torno do filme.
"A tortura foi, como sabemos, empregada nos primeiros anos da caça a Osama bin Laden. Isso não significa que foi a chave para encontrar o terrorista, significa que é uma parte da história que eu não podia ignorar."
Em dezembro, um grupo de senadores norte-americanos divulgou uma carta com duras críticas à distribuidora Sony Pictures, chamando o filme de "grosseiramente impreciso e enganoso", por sugerir que o governo americano usou métodos de tortura na captura do terrorista.
"A guerra, obviamente, não é bonita, e nós não estávamos interessados em retratar uma ação militar livre de consequências morais", acrescentou a cineasta.