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    Queria sacudir a sociedade, diz Tarantino sobre "Django Livre"

    DE SÃO PAULO

    25/02/2013 11h17

    O cineasta Quentin Tarantino, vencedor do Oscar de melhor roteiro original com "Django Livre", disse que tentou provocar a sociedade americana para debater a escravidão no país.

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    "Queria sacudir, provocar um debate sobre a escravidão, sobre o papel das pessoas comuns na época e que as pessoas de agora tivessem uma percepção melhor da formação do país. Esse é um tema ainda doloroso e evitado."

    "Muitas pessoas criticaram o filme e eu posso entender os motivos, mas muitos gostaram de 'Django Livre' e conseguiram relacionar a história com as consequências sociais de hoje. É para isso que o filme foi feito", disse Tarantino.

    O cineasta revelou, ainda, ter recebido apoio ao filme de muitos fãs do exterior. "É um orgulho saber que sou reconhecido em outros países. Não me vejo como um cineasta americano, sou americano e cineasta, faço filmes que tentam ser relevantes para todas as pessoas, independentes da origem."

    No discurso, o cineasta, criticado pelo colega Spike Lee por "explorar a escravidão" em "Django", agradeceu os atores de seu filme, dizendo que o elenco foi essencial para o sucesso do longa.

    Tarantino já havia vencido o mesmo prêmio de roteiro original em 1994, com "Pulp Fiction - Tempo de Violência".

    Já "Argo" venceu o Oscar de melhor roteiro adaptado, prêmio recebido por Chris Terrio. Foi o segundo prêmio da noite para o filme de Ben Affleck, que já havia vencido o Oscar de montagem.

    Na trama, Terrio contou a história do resgate de um grupo de norte-americanos durante a Revolução Islâmica, no Irã, em 1979.

    O filme é baseado nos livros "The Master of Disguise", de Antonio J. Mendez, e "The Great Escape", de Joshuah Bearman.

    Mendez, agente da CIA que comandou o resgate, é vivido pelo próprio diretor do filme, Ben Affleck.

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