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    "Foi a pior coisa que fiz na vida", diz John Galliano sobre comentários racistas

    DE SÃO PAULO

    05/06/2013 12h01

    O estilista John Galliano, que foi demitido pela grife francesa Christian Dior depois de fazer fortes comentários antissemitas, diz que não é racista e passou os últimos anos tentando reparar suas palavras e ações.

    Em entrevista à revista "Vanity Fair", descrita como a primeira que ele concede desde os eventos de 2011, Galliano falou sobre o modo como a bebida e o uso de drogas o levaram a seu comportamento agressivo com clientes de um café em Paris.

    "Foi a pior coisa que eu fiz na minha vida, mas eu não quis dizer isso", afirmou Galliano. "Eu tenho tentado descobrir por que aquela raiva foi direcionada para essa raça."

    Apesar da condenação por seus comentários e de estar sendo evitado por muita gente no mundo da moda, Galliano, de 52 anos, disse que, embora isso possa parecer bizarro, se sente agradecido pelo que aconteceu. "Aprendi muito sobre mim. Tenho redescoberto aquele garotinho que teve a fome de criar, que eu acho que eu tinha perdido. Estou vivo", afirmou.

    Galliano era um dos estilistas mais famosos de sua geração, tendo criado coleções famosas para a Dior, até sua demissão. Um tribunal francês o condenou por proferir "insultos públicos baseados em origem, filiação religiosa, raça ou etnia" em duas ocasiões em um café parisiense e lhe impôs uma multa de € 6 mil (cerca de R$ 16,6 mil), que está suspensa e ele terá de pagar somente se for condenado por uma ofensa semelhante.

    Yoan Valat/Efe
    O estilista John Galliano, que processa a grife francesa Dior
    O estilista John Galliano, que processa a grife francesa Dior

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