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    Hip-hop influencia álbum de Arctic Monkeys

    JOANA CUNHA
    DE NOVA YORK

    01/09/2013 02h25

    O novo disco da banda de indie rock Arctic Monkeys, elaborado e gravado na Califórnia, mostra que os garotos ingleses de Sheffield aprenderam alguma lição do hip-hop americano.

    "AM", que será lançado no próximo dia 9, tem influência do rapper Dr. Dre, referência mencionada pelo vocalista do grupo, Alex Turner. Mas o sucesso de vendas de Jay-Z e Kanye West também foi uma inspiração.

    Zachery Michael/Divulgação
    Banda Arctic Monkeys (a partir da esq.): Jamie Cook (guitarra), Alex Turner (vocal/guitarra), Nick O'Malley (baixo) e Matt Helders (bateria)
    Arctic Monkeys (a partir da esq.): Jamie Cook (guitarra), Alex Turner (vocal/guitarra), Nick O'Malley (baixo) e Matt Helders (bateria)

    Os jovens introduziram ao repertório uma bateria eletrônica, outra novidade na carreira que caminha para completar uma década.

    O rock dos anos 1970 do Black Sabbath, que já faz parte do cânone da banda, também foi motivação para este quinto trabalho, pilotado pelo produtor e amigo James Ford e co-pilotado por Ross Orton, "o grande responsável por unir a equipe", disse o baterista Matt Helders à Folha.

    Josh Homme, do grupo americano Queens of the Stone Age, participa com vocais que, segundo Tuner, vieram à tona em uma noite em que a turma tomava seus drinques. Turner participara com letras e voz no sexto disco da banda de Homme.

    A imagem que abre "AM", uma simulação de ondas de rádio formando as iniciais de Arctic Monkeys, é obra do vocalista, que desconversa ao ser questionado se suas habilidades extrapolam a fronteira musical. "Foi só uma ideia que me veio à cabeça."

    O disco já tem três músicas divulgadas e uma fila de pedidos dos fãs para, segundo Helders, "liberar isso de uma vez". "R U Mine?" saiu no ano passado, "Do I Wanna Know?", em junho, e "Why'd You Only Call Me When You're High?", em agosto.

    A estratégia foi intencional, diferentemente do que ocorreu no lançamento anterior.

    Em tempos de revelações sobre a vigilância praticada pelo governo dos EUA, Turner considera "crucial" o debate sobre monitoramento na rede. "Vigilância é como tantas outras coisas, pode ser usado para o bem e o mal."

    "Eu não me sinto sendo muito vigiado, mas, se fosse, seria um problema, pois faço coisas bem estranhas", completa o baterista.

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