Ídolo teen há pelo menos 10 anos, a escritora Thalita Rebouças teve uma tarde de encontro com seu público na Bienal do Livro do Rio.
Em um bate-papo no estande da loja on-line Submarino, Thalita foi por cerca de uma hora o centro das atenções dos adolescentes. Interagiu com o público e, aos 38 anos, deu demonstrações de uma hiperatividade tão comum entre seus leitores --o que explica em parte o seu sucesso entre este segmento. Como resposta, recebeu gritinhos, pedidos para fotos e demonstrações de afeto.
"Eu não escolhi este público, foi ele que me escolheu. No começo escrevi um livro para jovens e adultos, mas adolescentes de 14 ou 15 anos chegavam para mim e diziam: 'obrigado por me entender', e eu pensava: 'mas eu não escrevi este livro pra você'".
Conectada ao pensamento teen, ela foi só elogios às redes sociais, disse que a internet faz com que a nova geração leia muito mais e acrescentou que, antes de qualquer ensinamento moral ou conselhos para o leitor em formação, tenta difundir a ideia de que é preciso ter apreço pela literatura.
"Quando comecei a escrever, há 13 anos, era mico gostar de ler. Hoje, é mico não gostar", pontuou.
Embora tenha projetos em vários segmentos, como um programa de TV por estrear, um novo livro por ser lançado e obras suas a serem adaptadas para o cinema, Thalita deixou tudo de lado para se concentrar nas atividades da Bienal do Rio.
"Foi aqui que tudo começou. Quando escrevi o primeiro livro, ninguém me conhecia. Em alguns momentos, pensei em desistir. Mas era divertido [vir à Bienal] e correr atrás dos leitores", concluiu Thalita.