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    Crítica: 'É o Fim' é um dos piores filmes já feitos

    ANDRÉ BARCINSKI
    CRÍTICO DA FOLHA

    11/10/2013 03h32

    "É o Fim" inaugura um novo gênero cômico em Hollywood: a superprodução caseira/ególatra. É uma comédia que junta duas desgraças de nosso tempo: o culto desmiolado a pseudocelebridades e o gosto por "reality TV".

    O resultado é um dos filmes mais deprimentes, egocêntricos e desagradáveis dos últimos anos. Talvez de todos os tempos.

    A história reúne uma penca de novos "astros" do cinema e da música, interpretando eles mesmos: Seth Rogen ("Superbad"), James Franco ("127 Horas"), Jonah Hill ("Superbad"), Jay Baruchel ("Ligeiramente Grávidos"), Danny McBride ("Um Parto de Viagem"), Michael Cera ("Juno") e até a cantora pop Rihanna.

    Divulgação
    Da esq. para a dir., Danny McBride, Jay Baruchel, Seth Rogen, Craig Robinson, Jonah Hill e James Franco em 'É o Fim'
    Da esq. para a dir., Danny McBride, Jay Baruchel, Seth Rogen, Craig Robinson, Jonah Hill e James Franco em 'É o Fim'

    Tudo começa quando Rogen e Baruchel chegam à mansão de James Franco, em Los Angeles, para uma festa. O lugar parece uma reunião de atores riquinhos e mimados, cada um tentando ser mais descolado e esperto que o outro.

    APOCALIPSE

    O público é brindado com cenas em que os artistas cheiram cocaína, fumam quantidades prodigiosas de maconha, falam palavrões a rodo e travam diálogos politicamente incorretos.

    Isso é o que passa por comédia ousada hoje em dia: mostrar celebridades pagando mico no filme ("Olha o Michael Cera cheirando pó, que engraçado!").

    No meio da festa, a cidade de Los Angeles é invadida por alienígenas --sério!-- e o apocalipse se aproxima: ruas partem ao meio, chamas destroem mansões e pessoas são sugadas por feixes de luz que vêm do céu.

    No meio do caos, nossos bravos atores de Hollywood se refugiam na mansão de James Franco e tentam sobreviver. Mas quem pena para sobreviver mesmo é o público, que precisa aturar quase duas horas de piadas horríveis e egos transbordando pela tela.

    "É o Fim" é um título mais que apropriado para esta desgraça, um filminho caseiro de US$ 30 milhões estrelado por um bando de atores sem graça e sem talento.

    É O FIM
    DIREÇÃO Evan Goldberg e Seth Rogen
    PRODUÇÃO EUA, 2013
    ONDE Eldorado Cinemark, Kinoplex Vila Olímpia e circuito
    CLASSIFICAÇÃO 16 anos
    COTAÇÃO péssimo

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