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    Haddad sanciona lei que cria SP Cine, empresa municipal de fomento ao cinema

    DE SÃO PAULO

    20/12/2013 20h14

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou na tarde desta sexta-feira (20) a lei que cria a SP Cine, agência de fomento a produção, distribuição e exibição de obras audiovisuais na cidade.

    "Eu sempre acreditei que a cultura pode fazer mais pela humanidade que a política", afirmou Haddad, que também deu suas primeiras declarações sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de barrar o aumento do IPTU previsto por ele.

    A cerimônia teve presença do secretário municipal da Cultura, Juca Ferreira, da vice-prefeita Nádia Campeão (PCdoB) e de outros políticos e cineastas.

    Semelhante à Rio Filme, a agência terá aporte inicial de R$ 25 milhões da prefeitura. O governo do Estado investirá mais R$ 25 milhões.

    A União também deve investir na empresa, mas ainda não anunciou o aporte que será feito. A Ancine (Agência Nacional do Cinema) informou somente que deve fazer investimentos "relevantes" —segundo seu diretor-presidente, Manoel Rangel.

    De acordo com o projeto, a agência deve funcionar como uma empresa. Suas receitas virão de recursos de seu próprio orçamento, mas também de receitas decorrentes de suas operações, entre outras fontes.

    "O modelo de empresa deve se comprometer com os resultados, sejam eles culturais, sejam econômicos, para que se justifique o investimento público", afirmou o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, durante a cerimônia que marcou o envio do projeto de lei à Câmara, no mês passado.

    "Seria um erro se apenas copiássemos a Rio Filme. Nós analisamos a experiência da Rio Filme e extraímos o que achamos de bom e o que achamos ruim. Há uma diferença de perspectiva entre as cidades e as agências. Mas o trabalho será muito mais de cooperação do que de concorrência", afirmou Juca Ferreira na ocasião.

    "A Rio Filme teve, no início, uma política agressiva demais para o lado comercial. Como estamos atrasados em São Paulo, não podemos sacrificar nenhum setor aqui. É importante encontrar um equilíbrio", disse hoje o cineasta paulista Toni Venturi, que participou desde o início das negociações para a criação da agência.

    Em 2011, segundo dados da Agência Nacional do Cinema, 32 filmes paulistas foram lançados no mercado, ante 43 longas que chegaram aos cinemas por meio da produção no Rio.

    A SP Cine terá também o objetivo de financiar eventos, pesquisas e construção de salas de exibição. Além disso, deve subsidiar produções audiovisuais. Hoje, São Paulo tem mais de 500 produtoras e cerca de 280 salas de cinema, segundo dados da Ancine.

    Dentre as atribuições da empresa, está também sua atuação como "film comission", que tem como objetivo facilitar filmagens em São Paulo e promover a imagem da cidade.

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