Trinta anos separam o irrequieto Ren McCormack de Footloose do sombrio Ryan Hardy da série "The Following". No papel do segundo agora, Kevin Bacon, 55, diz não se reconhecer mais no garoto que ganhou o mundo dançando no filme de 1984.
"Quando eu assisto ao meu teste para o filme nos extras do DVD [de Footloose], eu tenho que desligar e me olhar no espelho para ver se consigo ver aquele garoto. Mas eu não consigo ver mais a mesma pessoa", disse Bacon, em entrevista a jornalistas estrangeiros em Nova York nesta semana.
"É menos sobre personagens, mas mais sobre o cara que eu era. É uma parte diferente da vida", completou.
| Michael Lavine/Divulgação | ||
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| Elenco da série de TV 'The Following', do canal Warner |
Bacon, que durante suas mais de três décadas de carreira manteve o foco especialmente sobre o cinema, hoje é protagonista da série "The Following", que iniciou sua segunda temporada no Brasil no fim de janeiro, e vai ao ar pela Warner todas as sextas.
Na série, seu personagem é um ex-agente do FBI (polícia federal americana) obcecado pelo assassino em série Joe Carroll (James Purefoy), que foge da prisão e acaba formando uma rede de seguidores.
Apesar da boa recepção da série nos Estados Unidos e de "amar o fato de passar boa parte do dia atuando", Bacon diz esperar "voltar em breve" para o cinema.
"Eu passo bem mais tempo atuando hoje. Por seis meses no ano, eu atuo muito, e eu adoro isso", disse. Ele destaca, contudo, que os filmes sempre despertam "mais expectativas, principalmente as grandes produções".
Sua última participação em filmes foi em "Amor a Toda Prova", em 2011, em um papel secundário. Em 2010, ele ganhou o Globo de Ouro de melhor ator pelo filme "Taking Chance", produzido para a TV americana.
Bacon, que já foi motivo de piada na internet pela diversidade de seus papéis, disse ter quase em nada em comum com seu atual personagem, Ryan Hardy.
"Eu nunca conseguiria me colocar em risco como ele se coloca e eu não tenho a mesma áurea sombria em torno a mim", disse. "Mas há algo que me conecta a ele, que nos torna próximos, mas que é difícil de descrever."