"Explosiva" é como o ator dinamarquês Mads Mikkelsen define a segunda temporada da série "Hannibal". Mikkelsen interpreta o psicopata Hannibal Lecter, protagonista da série e papel imortalizado pelo inglês Anthony Hopkins em "Silêncio dos Inocentes".
No Brasil, a segunda temporada estreia nesta segunda-feira (10), às 23h, no canal pago AXN.
Divulgação/Brooke Palmer |
O ator Mads Mikkelsen encena uma briga de faca com Lawrence Fishburne no primeiro episódio da segunda temporada de 'Hannibal' |
Segundo Mikkelsen, é justamente a celebridade do personagem e suas interpretações o maior desafio do trabalho. "É um papel que foi feito muitas vezes. É preciso ter cuidado para não repetir e ser original", disse em entrevista por telefone à Folha.
"Hannibal" mostra a relação entre o psicanalista Lecter e um paciente, o policial William Graham (Hugh Dancy), que consegue se ver no lugar de serial killers e assim desvendar terríveis assassinatos sem explicação.
Lecter passa a manipular a mente de Graham e, nas horas vagas, mata, cozinha e come suas vítimas. (Já o interprete, Mikkelsen, diz que não faz muito na cozinha.)
No lançamento da primeira temporada, o "New York Times" publicou crítica em que dizia que Mikkelsen era "tão maravilhosamente inexpressivo que é praticamente o anti-Hopkins".
No site "Rotten Tomatoes", que reúne resenhas publicadas na imprensa de língua inglesa, a primeira temporada da série teve 68% de aprovação.
Já na segunda temporada, que já teve dois capítulos exibidos nos Estados Unidos, o cenário parece ter mudado: tem 100% de a provação no site. "O que faz de 'Hannibal uma série original na TV é tanto a densidade psicológica quanto a evocação de um horror real", publicou a "Entertainment Weekly".
A exemplo de "Breaking Bad", o primeiro episódio da nova temporada lança mão de um "flash forward" tenso em que mostra uma briga de facas entre Lecter e Jack Crawford (Lawrence Fishburne) para, minutos depois, voltar 12 semanas atrás para o ponto onde a primeira temporada se encerrou.
Vemos Graham, o policial, confinado em um hospital psiquiátrico, acusado de ser ele mesmo um psicopata e em um cenário semelhante ao de Anthony Hopkins em "Silêncio dos Inocentes". A diferença é que o psicopata real está à solta, cozinhando.