A medida de bom senso de Sérgio Rezende em "Zuzu Angel" (FX, 18h55) foi abandonar as grandes sagas ("Canudos"), os grandes heróis econômicos ("Mauá - O Imperador e o Rei") ou políticos ("Lamarca"), para abordar a história do Brasil.
Zuzu Angel não foi nada disso. Era uma estilista —ou modista, talvez fosse o termo da época para os costureiros de classe. Sua história ganhou relevo especial porque, com o desaparecimento de seu filho, Stuart, por obra da ditadura militar, deixou de lado suas atividades para buscar o filho por todos os meios que tivesse à disposição.
Zuzu tornou-se, assim, e por circular em meios importantes, uma personagem incômoda ao poder. Justamente por isso, a história narrada por Rezende, sem ser genial, termina por ser uma ilustração relevante desse momento ingrato da história brasileira.
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A atriz Patricia Pillar como a estilista Zuzu Angel durante o filme 'Zuzu Angel', de Sérgio Rezende |