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    Morre um dos primeiros críticos da Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung

    DA AFP

    11/08/2014 12h22

    O sinólogo e escritor belga Pierre Ryckmans, que sob o pseudônimo de Simon Leys foi um dos primeiros a denunciar as perseguições do regime de Mao Tsé-Tung (1893-1976), morreu na Austrália, aos 78 anos.

    Segundo informou a editora Black Inc, Ryckmans, que também foi ensaísta e tradutor, morreu em Canberra, onde morava e era professor desde os anos 1970.

    Ryckmans nasceu em 28 de setembro de 1935 em Bruxelas e viajou pela primeira vez a China aos 20 anos, depois de iniciar os estudos de história da arte.

    William West - 1º.abr.1998/AFP
    O escritor belga Pierre Ryckmans, em foto de 1998
    O escritor belga Pierre Ryckmans, em foto de 1998

    O escritor prosseguiu com as pesquisas em Taiwan, Cingapura e Hong Kong, a aprendeu a dominar o chinês clássico e moderno.

    Intelectual e com atuação em várias áreas, Ryckmans publicou estudos sobre a pintura chinesa, sobre o escritor francês André Malraux (1901-1976), sobre Proteu, o deus marinho da mitologia grega, e sobre Victor Hugo (1802-1885).

    Seus livros "Les Habits Neufs du Président Mao" ("as novas roupas do presidente Mao", 1971) e "Ombres Chinoises ("sombras chinesas", 1974) denunciavam as atrocidades da Revolução Cultural (1966-1976), provocando polêmicas com aqueles que ele descrevia como "maoístas mundanos", simpatizantes ocidentais do abalo social e político que, segundo ele, desestruturou a sociedade chinesa.

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