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    Crítica: 'Matar ou Morrer' faz alusão ao poderio do macarthismo

    INÁCIO ARAUJO
    CRÍTICO DA FOLHA

    09/10/2014 02h39

    O melhor de certos filmes aparece quando algo se mostra que não está neles. Por exemplo: "Matar ou Morrer" ("High Noon", TC Cult, 22h), visto a seco, não é um faroeste tão interessante.

    Ali, Gary Cooper é o xerife que tenta convencer uma população renitente a ajudá-lo a resistir a um inimigo feroz, que acaba de sair da prisão e quer liquidá-lo.

    O propósito de Fred Zinnemann era menos avacalhar a fama de invencível de Cooper do que traçar uma alegoria do poder do macarthismo.

    Isto é, para Zinnemann (um fugitivo do nazismo) tratava-se de mostrar como uma população acovardada podia tornar-se cúmplice de um movimento criminoso, o do senador dos EUA Joseph McCarthy (1908-1957).

    O melhor de tantos filmes mostra-se quando os vemos a seco. Caso de "Casa de Bambu" ("House of Bamboo" TC Cult, 5h15; 14 anos).

    Divulgação
    O ator Gary Cooper em cena de 'Matar ou Morrer' (1952)
    O ator Gary Cooper em cena de 'Matar ou Morrer' (1952)

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