O melhor de certos filmes aparece quando algo se mostra que não está neles. Por exemplo: "Matar ou Morrer" ("High Noon", TC Cult, 22h), visto a seco, não é um faroeste tão interessante.
Ali, Gary Cooper é o xerife que tenta convencer uma população renitente a ajudá-lo a resistir a um inimigo feroz, que acaba de sair da prisão e quer liquidá-lo.
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O propósito de Fred Zinnemann era menos avacalhar a fama de invencível de Cooper do que traçar uma alegoria do poder do macarthismo.
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Outro dado interessante desse filme é o tempo, que não é psicológico, mas "real", no sentido de q corresponde aos minutos transcorridos na trama. Tanto que o relógio -- constantemente mostrado -- acaba tornando-se personagem importante naquele contexto.